
Este trabalho foi desenvolvido na Escola/Esculela Comunitária Paulo Freire, localizada na cidade de Toyota, Província de Aichi no Japão.
Você pode conferir abaixo, um resumo do trabalho e um link para acessá-lo em PDF.
O STATUS TEMPORÁRIO DA MULHER IMIGRANTE BRASILEIRA NO JAPÃO E A EDUCAÇÃO DE SEUS FILHOS
Este artigo procura investigar se as mulheres imigrantes brasileiras no Japão, consideram o processo educacional de seus filhos uma experiência que pode ser adiada e as possíveis conseqüências referentes às suas escolhas. A coleta de dados e diagnostico dos aspectos sócio-econômico de 20 famílias de brasileiros residentes no conjunto habitacional Homigaoka, cidade de Toyota, província de Aichi no Japão, foram conduzidos, através de questionários, durante o período de outubro/novembro de 2010. A análise dos dados coletados sugere que a maioria das famílias entrevistadas não se identifica como verdadeiro imigrante no Japão, pois mantém o sonho de um dia retornar ao Brasil, atrelando de forma direta ou indireta este processo de visitante temporário na situação educacional de seus filhos. A mulher é a principal responsável pela educação dos filhos e pelos afazeres domésticos, porém permanece mais de 9 horas longe de casa, dividindo com o companheiro a responsabilidade financeira da família, trabalhando longas jornadas em empresas do setor industrial secundário japonês. O pouco tempo dispensado na educação dos filhos somado a identidade “temporária” forjada pela própria recusa dos imigrantes em estabelecer raízes, acarretam em problemas no aprendizado e na identidade cultural das crianças. Os diretores das escolas japonesas e da escola brasileira entrevistados nesta pesquisa acreditam que os pais deveriam dar mais atenção na educação dos filhos e participarem mais das atividades das escolas.