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Curso: Projetos Educativos na Papua Nova Guiné

8/18/2014

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PictureDinâmica desenvolvida durante o curso sobre Projetos Educativos.
Durante cinco dias, pude conhecer uma escola na Papua Nova Guiné, desenvolvendo um pequeno curso sobre Projetos Educativos Interdisciplinares para seus professores, baseado na minha experiência como educador. Neste "segundo" post, apresento um pouco mais sobre a cultura deste enigmático país, além de contar como foi meu contato com a Madina Primary School na Província de Nova Irlanda.

Organizar um curso para os professores da Madina Primary School, na Papua Nova Guiné, foi um pouco complicado, pois a realidade das escolas deste país são completamente diferentes de qualquer ambiente que eu já havia conhecido.
Apesar das longas conversas com o Professor Volker (linguista que vem trabalhando com a comunidade indígena da região desta escola, há mais de 20 anos), além do contato com alguns Papuas, que acabei conhecendo durante minha estadia no Japão, me preocupava qual conteúdo poderia ser abordado neste curso.
Além da precariedade de muitas escolas, que mal possuem livros didáticos, energia elétrica ou mesmo professores habilitados e devidamente treinados, havia ainda problemas relacionados a língua, o que gostaria de abordar brevemente a seguir.

Exemplo de uma escola na Papua Nova Guiné: Karawara Primary School, nas Ilhas de Duke of York, Província de  East New Britain (Clique para vizualizar as fotos).
Sinalização da escola, próxima a região onde os barcos aportam em Kerawara.
Predios da Escola de Kerawara.
Biblioteca da escola.
Detalhe de atividade de Inglês, na Escola de Kerawara.
A Papua Nova Guiné possui o Inglês como uma de suas três línguas nacionais, as outras duas são o Tok Pisin (lingua crioula, baseada no Inglês, largamente utilizada na comunicação oral em toda Papua) e o Hiri Motu (outra lingua crioula que, apesar de bastante utilizada, vem perdendo espaço para o Tok Pisin). O Inglês é a língua oficial no ensino acadêmico porém, começa a ser ensinado, na maioria das escolas, apenas a partir do Terceiro Ano. Isto acontece devido a diversidade linguistica existente na Papua Nova Guiné (mais de 850 línguas diferentes). Assim, as escolas, juntamente com suas comunidades, escolhem quais línguas serão utilizadas até o Segundo Ano, podendo ser a língua indígena local, o Tok Pisin, o Hiri Motu ou mesmo o Inglês. Na vila Madina, na Província de Nova Irlanda, onde estive, a população utiliza o “Nalik” como lingua local. Assim, todo o ensino na Madina Elementary School, escola responsável pelas séries iniciais até o Terceiro Ano, é desenvolvido de forma bilíngue, utilizando o Nalik e o Inglês.
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Alunos da Madina Primary School - Vila Madina, Provincia de Nova Irlanda.
Um dos problemas enfrentados por muitas escolas nos dias de hoje, são as recentes mudanças nos hábitos culturais, em diversas tribos, que tem acarretado grandes conseqüências as línguas locais. Muitas comunidades não tem mais ensinado sua lingua nativa a seus filhos, que acabam aprendendo a falar apenas o Tok Pisin, já que o Inglês é raramente utilizado em conversas informais. Na escola, no entanto, são obrigadas a aprender a lingua local para, após o Terceiro Ano, mudarem para o Inglês. Segundo muitos especialistas este novo comportamento tem acarretado em dificuldades de aprendizado. 
Através desta análise, podemos dizer que, apesar do Inglês ser uma lingua oficial na Papua Nova Guiné ela é aprendida e utilizada, na maioria das vezes, como uma língua estrangeira. Nas ruas é muito difícil ver pessoas conversando em Inglês e muitos não conseguem falar ou compreender a língua.
Desta forma, a princípio, minha proposta de atividade na Papua Nova Guiné, seria de um breve contato com os professores e a direção da escola, visando partilhar os resultados dos quatro anos do desenvolvimento do “Projeto Pen Pal”, onde os alunos da Escola Brasileira Hirogakuen, no Japão, se correspondem, em inglês, com alunos da Madina Primary School na Nova Guiné.

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Material enviado pelos alunos da Hirogakuen (no Japão), em 2012. A escola Madina Primary School, mantém este mural até hoje.
Eu queria apresentar aos professores, a forma como eu havia organizado as etapas deste projeto e estava utilizando a troca de correspondências entre os alunos, como estratégia para melhorar o aprendizado de elementos referentes a gramática da lingua inglesa; apresentar novas palavras para incrementar o vocabulário dos alunos; incentivá-los a escrever pequenos parágrafos em inglês, além de expandir o tema para outras áreas do conhecimento como: Geografia, História e Ciências.
Eu queria discutir estes elementos pois, analisando as cartas dos alunos da Madina Primary School, quando estas chegavam até meus alunos no Japão, percebi que os professores não estavam participando de todo o processo. A atividade não estava sendo conduzida como um propósito de aprendizagem, mas sim como uma atividade recreativa, totalmente desvinculada das aulas, ou seja, os professores estavam apenas pedindo aos alunos para redigirem uma carta.
Esta minha suspeita foi embasada através de algumas observações como: muitas cartas não seguiam um padrão para este formato de texto; presença de muitos erros gramaticais simples, além de palavras provenientes da língua Tok Pisin. Todos estes elementos demonstravam que as cartas não haviam recebido revisão e estavam sendo encaminhadas da forma como estavam sendo produzidas pelas crianças.
Claro que, quando propusemos a Madina Primary School este intercâmbio, não consideramos nenhuma metodologia a ser seguida, apenas a possibilidade dos alunos se comunicarem por correspondência.
Assim, considerei que o Curso a ser apresentado ao corpo técnico da escola Madina Primary School, poderia abordar o tema “Projetos Interdisciplinares”, procurando através da discussão dos resultados do Projeto Pen Pal, demonstrar como elaborar, desenvolver e avaliar este tipo de atividade dentro do ambiente escolar. 

Dois momentos na Papua Nova Guiné (clique para visualizar as fotos)

Alunos do Quarto Ano da madina Primary School, lendo as cartas recebidas em 2014.
Aluna do Sétimo Ano escrevendo sua carta para o Japão.
A programação,  dividida em cinco dias (23 a 27 de junho), incluiu também o meu contato com os alunos, juntamente com seus professores, onde conversei sobre a escola Hirogakuen e entreguei as novas cartas vindas do Japão; apresentei alguns aspectos da cultura brasileira e ensinei alguns jogos e brincadeiras (veja maiores detalhes no post: Ultrapassando Fronteiras: Projetos Educativos na Papua Nova Guiné).
Durante os encontros discutimos estratégias de como instigar a curiosidade dos alunos e organizar atividades considerando diversas áreas do conhecimento. Como exemplo de projetos educativos, apresentei aos professores algumas atividades que havia previamente desenvolvido com meus alunos da Hirogakuen. Mostrei livros produzidos pelos alunos, alguns vídeos, além de atividades mais simples como Origamis e máscaras com papeis coloridos.
Como proposta final, sugeri que a escola elaborasse um pequeno projeto para o Terceiro e Quarto Ano, focando na aquisição de habilidades na escrita em inglês, juntamente com conteúdos de outras disciplinas. 

Conversando com os professores, ficou definido que o projeto seria de um pequeno livro, narrando algum assunto do interesse dos próprios alunos. O livro seria escrito e ilustrado coletivamente, utilizando frases e parágrafos simples, os quais posteriormente receberiam revisões e sugestões dos professores.
Como forma de despertar o interesse dos alunos pelo projeto, foi definido que a produção seria enviada, como presente, aos alunos da Escola Hirogakuen no Japão.
Como a escola carece de equipamentos para produção dos textos (computadores e impressoras), o livro será totalmente manuscrito; uma alternativa encontrada pelos professores para reproduzir o Projeto “Livro coletivo", que mostrei durante nossos encontros.


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Professoras analisando as produções, elaboradas pelos alunos da Hirogakuen.
Na minha avaliação, este breve encontro foi muito produtivo. Apesar das diferenças culturais entre os Papua-nova-guineses e nós brasileiros a comunicação, durante as atividades, foi bastante tranquila e todos participaram das dinâmicas e atividades sugeridas.
Segundo a Diretora da Madina Primary School, Professora Elsie Rakum,  foi uma grande oportunidade para sua escola que, localizada em uma área tão remota, pode conhecer um pouco mais sobre trabalhos educativos desenvolvidos em outro país como o Japão. A Coordenadora da Madina Primary School, Professora Kombeng, acrescentou ainda que, o curso ajudou-os a compreender como os professores poderiam construir atividades mais interativas, além de aproveitar mais do projeto Pen Pal para reforçar o aprendizado do Inglês, principalmente entre os alunos do Terceiro e Quarto Ano.
Gostaria de acrescentar ainda que, fui muito bem recebido no vilarejo indígena Madina, durante as três semanas em que permaneci na Papua Nova Guiné. O povo deste país é muito simpático e acolhedor.

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Foto de encerramento do curso, com os professores da Madina Primary School
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Os Incríveis Macacos-da-neve

5/16/2014

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Conheça um grupo de macacos,  que gosta de tomar banhos de água quente, para se aquecer durante o inverno japonês.
Este vídeo, elaborado com alunos do Quinto e Sexto Ano, mostra esta e outras curiosidades destes incríveis animais.



Este vídeo, sobre o macaco-da-neve, também conhecido como macaco-japonês (Macaca fuscata), foi elaborado com a colaboração dos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen.
A idéia surgiu após uma aula onde os alunos assistiram vídeos e viram fotos do Parque Jigokudani, localizado na cidade de Yamanouchi, Província de Nagano, onde existe um grupo especial destes macacos.
O macaco-japonês é bem conhecido pela sua habilidade de descobrir coisas novas e ensinar ao seu grupo, perpetuando este aprendizado por gerações. Assim existem hoje, no Japão, grupos destes macacos com comportamentos bem diferentes entre si, entre os quais o grupo de Jigokudani que aprendeu a tomar banhos em águas termais para se proteger do frio intenso do rigoroso inverno desta região.
Os alunos do Sexto Ano conduziram uma pesquisa na internet, buscando informações sobre este primata. Esta pequisa foi posteriormente formatada como um roteiro, para ser transformado num vídeo documentário do macaco-da-neve.
Os alunos do Quinto Ano também quiseram participar e auxiliaram participando das gravações do texto elaborado pelo Sexto Ano e trazendo diversas sugestões para o vídeo.
A professora de Japonês da Hirogakuen, colaborou muito para desenvolvimento do interesse dos alunos pelas pesquisas, trazendo um documentário, em japonês, sobre um grupo de macacos que habitam o Norte do Japão. O estudo detalhado sobre o clima, localização geográfica de onde estes animais vivem, além e aspectos culturais dos macacos dentro da cultura japonesa, tornou este projeto interdisciplinar e participativo.
Confira no link abaixo a história dos Incríveis Macacos-da-neve, contada pelos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Hirogakuen.
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Vídeo do Projeto Felinos Selvagens: "As Pintas do Jaguaretê"

4/30/2014

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Confira neste post, o vídeo elaborado pelos alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen. Neste vídeo eles apresentam um pouco do que aprenderam sobre a Onça-pintada e a Suçuarana, durante um projeto de Ciências repleto de atividades interativas, de caráter interdisciplinar.

Para conhecer mais sobre o desenvolvimento do projeto, visite o link abaixo:

Projeto FELINOS SELVAGENS

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As Pintas do Jaguaretê: Projeto Felinos Selvagens

4/28/2014

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Neste post você poderá conferir um Projeto Educativo de Ciências sobre a Onça-pintada e a Suçuarana. 
O projeto intitulado "As Pintas do Jaguaretê", foi desenvolvido com alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.


Durante o período de três meses, alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental,  da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen (Província de Gifu, Ogaki-Japão), estiveram pesquisando e aprendendo sobre aspectos relacionados a biologia e ecologia dos felinos selvagens, especialmente sobre a Onça-pintada e a Suçuarana.
O projeto intitulado “As Pintas do Jaguaretê”,  teve como principal objetivo apresentar a estes brasileirinhos, que residem no Japão, informações sobre a fauna brasileira, através de atividades que possibilitassem a exploração de habilidades relacionadas a outras disciplinas.
Também visou contribuir para a exploração do meio onde estes alunos vivem no Japão, apresentando a eles ações simples como: andar de trem público comprando a própria passagem e visitar o centro movimentado de uma cidade grande como Nagoya; atividades estas com as quais eles não estavam habituados e/ou mesmo nunca tiveram a oportunidade de experimentar.
Este projeto também buscou ultrapassar as dimensões do material didatico de Ciências, explorando outros recursos e linguagens, apresentando a estes alunos conceitos relacionados a classificação, hábitos e reprodução dos animais; conteúdos estes presentes nas apostilas dos Primeiro e Segundo Bimestre do Terceiro Ano.
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Todas as atividades propostas ao longo do projeto, foram programadas para auxiliar no desenvolvimento de um produto final: a produção de um vídeo, cujo roteiro seria elaborado pelos próprios alunos. Entre estas atividades podemos citar:
- Projeção de filmes e apresentação de slides sobre as espécies de felinos existentes no Brasil. Esta atividade foi divulgada entre os alunos como "CINEANIMAL e, uma vez por semana, eles podiam conferir vídeos curtos abordando alguns aspecto sobre a biologia e a ecologia dos felinos selvagens.
- Pesquisas na FELINOTECA; um espaço organizado dentro da sala de aula onde foram exibidos fotos de diversos felinos brasileiros, além de textos previamente selecionados na internet, que foram impressos e encadernados. Os alunos podiam consultar este material durante seu horário livre e nas aulas de leitura.
- Elaboração de diversas atividades artísticas como produção de máscaras, desenhos, pinturas, colagens, etc.
- Produção de textos coletivos e individuais, que foram utilizados na elaboração do roteiro do vídeo do projeto,
- Realização de um Estudo do Meio, através de uma visita ao Zoológico da cidade de Nagoya (Província de Aichi), visando a observação de felinos selvagens, principalmente o da Onça-pintada.


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Os alunos do Sexto Ano também puderam participar de algumas atividades do projeto e acompanharam, na qualidade de tutores mirins, a turma do Terceiro Ano até o Zoológico de Nagoya. Eles também contribuíram com pesquisas e gravações de alguns trechos para o vídeo.
Os conceitos envolvidos neste projeto, foram também explorados, considerando-se a realidade vivida por estes alunos no Japão. Muitos dos participantes nunca haviam visitado um Zoológico antes e/ou utilizado o sistema ferroviário do Japão.  Assim, optou-se pela utilização dos trens, para o deslocamento dos alunos até o Zoológico, permitindo desta forma a experiência de utilizar este meio de transporte público pela primeira vez.
A observação da interação dos alunos nos momentos presenciais, durante as atividades e dinâmicas, bem como através dos comentários trazidos pelos seus familiares, mostrou que houve um grande envolvimento dos educandos. A FELINOTECA foi muito utilizada pelos alunos e eles simplesmente adoravam os dias selecionados para o CINEANIMAL.
Os resultados obtidos demonstram que, atividades como as desenvolvidas neste projeto, proporcionam uma forma diferente de explorar temas aparentemente distantes da realidade dos alunos, de uma forma mais dinâmica e participativa.
Também notou-se que os conceitos, a partir do momento que eram construídos coletivamente, passavam a serem incorporados e utilizados pelos educandos de forma bem espontânea, o que pode ser claramente observado nas produções textuais contidas no roteiro do vídeo: “As Pintas do Jaguaretê”.
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Projeto Felinos Selvagens

4/18/2014

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Desde fevereiro deste ano, os alunos do Terceiro e Sexto Ano estão participando de um projeto de Ciências sobre animais intitulado: Felinos Selvagens.
Durante as atividades propostas, eles desenvolveram pesquisas, participaram de atividades artísticas, elaborando desenhos e pinturas, além de construírem textos para um pequeno vídeo documentário, o qual recebeu o nome de: As Pintas do Jaguaretê: projeto felinos selvagens.
Neste post você poderá conferir um pequeno trailer deste vídeo, que estará disponível aqui no mês de maio, além de ver diversas imagens de algumas das atividades desenvolvidas neste projeto, onde os alunos exploraram, aprenderam e se divertiram conhecendo mais sobre a natureza e alguns dos mais incríveis animais do Brasil.

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Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce 

1/25/2014

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Conheça a história de uma região muito especial do Japão, contada por  alunos do Ensino Fundamental, através do livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.

Parte deste projeto já foi divulgado nos posts:


Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I).

Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II).


Este projeto é parte integrante do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Pedagogia:  "A PRÁTICA DOCENTE COM COMPROMISSO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES" apresentado em 2013 na UFMT.

Este livro, desenvolvido por alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental, conta um pouco da história da região compreendida pela cidade de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão.
No passado, a região de Kaizu passou por diversas transformações no seu sistema hídrico,  para permitir que o homem lá se estabelecesse. Cursos de rios foram modificados e diques foram construídos com a ajuda de engenheiros Holandeses.
Visando trabalhar o tema água, de forma interdisciplinar e participativa, possibilitando situações de aprendizagem e interação com as práticas planejadas, os alunos foram orientados  a realizarem uma análise biológica e histórico-cultural da região de Kaizu durante três oficinas: “A Vida na Água Doce; “Descobertas na Água Doce: o domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu”; “Transformações nos Mananciais de Água Doce”.
Como produção final destas atividades, os alunos, através de criações coletivas e contribuições mais individuais, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção deste livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.
A metodologia utilizada no acompanhamento destas produções permitiu que todos os alunos participassem, contribuindo com frases e palavras, que eram redigidas, editadas e corrigidas no quadro negro; por meio de textos criados em grupos, onde os alunos produziam seus escritos. Ao longo de todo este processo, estes pequenos escritores foram auxiliados pelos professores na correção, formatação e adequação dos textos.
O trabalho integrado, entre diferentes áreas do conhecimento, permitiu uma abordagem mais profunda nas discussões, fornecendo ferramentas para construir práticas que estavam além da simples investigação ambiental, englobando também fatores sócio-culturais da região, que forneceram aos alunos informações importantes sobre um assunto que lhes era desconhecido, apesar de fazer parte da região onde vivem aqui no Japão. Permitiu também demonstrar que disciplinas voltadas para áreas científicas também podem e devem contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências.
O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.



Veja o livro abaixo, publicado no Scrib.

Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce by Claudio da Silva

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Projeto "Os Vegetais" (Terceira Etapa - Final)

1/17/2014

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Alunos do Segundo Ano e seus trabalhos artísticos, durante a Feira de Ciências da escola Hirogakuen.
No ano passado, durante o terceiro bimestre, os alunos do Segundo Ano do Ensino Fundamental participaram de um projeto sobre os vegetais. Durante o desenvolvimento das atividades deste projeto, pesquisamos e analisamos as principais estruturas que compõem as plantas (raízes, caule, flores, frutos e sementes).
Todo o processo foi bastante prático e participativo.


Veja a Primeira etapa deste projeto AQUI!


Veja a Segunda etapa deste projeto AQUI!


Além dos conteúdos de Ciências, as atividades propostas envolveram conceitos relacionados a Artes, onde os alunos exploraram diferentes materiais para o desenvolvimento de desenhos, pinturas, colagens e construção de origamis relacionados ao tema sugerido.
Paralelamente a todas estas práticas, os alunos ainda produziram diversos textos, coletivos e individuais, que foram utilizados na edição e confecção de um pequeno livro que, após finalizado e impresso, foi distribuído a todos os participantes.
Os alunos participaram de todo o processo de edição, onde puderam também aprender sobre os elementos básicos que compõem um livro. 
Após impressão e encadernação, o produto final do projeto foi distribuído a todos os participantes durante a "Feira de Ciências" da escola. Neste evento, os pais dos nossos escritores e pesquisadores mirins puderam conferir todo o material desenvolvido ao longo do projeto, além da apresentação do Jogral:  "História da Planta" (Poesia infantil dos escritores Ofélia e Narbal Fontes),  que foi recitado por todos os alunos do Segundo Ano.

Confira nos vídeos abaixo: um resumo ilustrado de todas as etapas deste projeto, além da apresentação do jogral durante a Feira de Ciências da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.
Veja também o livro finalizado, disponibilizado em PDF.

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CLIQUE NA IMAGEM PARA VER O LIVRO COMPLETO



Versão do livro publicado no Scribd.

A Nossa Laranjeira - by Claudio da Silva

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Projeto "Os Vegetais" (primeira etapa)

7/26/2013

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Durante o terceiro bimestre, no Segundo Ano do Ensino Fundamental, os alunos aprendem sobre os vegetais. Começamos então um projeto, onde estamos pesquisando e analisando as estruturas que compõem as plantas (raízes, caule, flores, frutos e sementes). 

O projeto “Os Vegetais” está sendo desenvolvido com alunos do Segundo Ano do Ensino Fundamental e visa complementar os conteúdos de Ciências do terceiro bimestre, explorando conceitos relacionados a morfologia e ecologia dos vegetais.
Nesta primeira etapa, desenvolvida durante duas semanas, os alunos aprenderam as principais características das plantas através de uma roda de discussões e atividades práticas. Estas últimas, elaboradas com auxílio de atividades artísticas, envolvendo práticas com origamis além de desenhos e pinturas.
Durante as aulas iniciais deste projeto os alunos foram questionados sobre o que conheciam dos vegetais e posteriormente observaram e analisaram, juntamente com o professor, diversas ilustrações de plantas brasileiras e de outras existentes no Japão.
Procurou-se observar as principais estruturas existentes nas plantas e compreender as funções de cada uma delas. Assim, foram apresentados aos alunos os conceitos de raiz, caule (tronco), folhas, flores e frutos. Sempre que possível estes conceitos foram relacionados com plantas que eles conhecem, principalmente com aquelas utilizadas na nossa alimentação.
Após esta primeira etapa, passamos a elaboração de uma árvore para decorar a sala de aula.


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Elaborando o "corpo" da nossa árvore.
Em seguida os alunos elaboraram folhas, utilizando moldes de cartolinas previamente construídos. Os moldes, de dois tamanhos diferentes, foram utilizados para recortas inúmeras folhas verde-escuras e verde-claras. Após o recorte elas ainda foram decoradas com Giz Pastel para o desenho de suas nervuras.

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Elaborando as folhas da nossa árvore.
 Imagem Alunos pintando o solo.
Depois pintamos algumas cartolinas para confeccionar o solo onde nossa árvore seria afixada. 
A partir deste momento, os alunos foram questionados: que tipo de árvore deveríamos fazer? 
Dei alguns exemplos como: macieira, pessegueiro, limoeiro etc. Os alunos sugeriram pé-de-melancia e eu expliquei que a melancia não dava em árvores. A discussão sobre o tipo de árvore que estávamos confeccionando foi muito rica, pois possibilitou explicar mais sobre as plantas, além de apresentar aos alunos nomes de árvores que eles ainda não conheciam.
Por unanimidade foi escolhido a Laranjeira. Assim, o próximo passo foi elaborar nossas laranjas com papel de origami.
Os meus alunos adoram fazer origamis e eu gosto muito de aplicar esta atividade pois é um momento quando eles ficam atentos a tudo que lhes é explicado. Durante a confecção das laranjas fui conversando sobre a função dos frutos para a planta, além de algumas curiosidades sobre esta fruta. Falei que a laranja era originária da China, que era rica em vitamina C, que existiam várias espécies de laranjas, entre outras coisas.

Para finalizar, com a ajuda dos pequenos, eu montei a nossa laranjeira e posteriormente afixamos as fotos que havíamos observados durante a aula. Na aula seguinte trouxe algumas fotos das flores, frutos e sementes da laranjeira para que eles pudessem observar.
Como avaliação, eles ainda preencheram algumas fichas sobre as informações exploradas durante as atividades e foram alertados para a continuação do nosso projeto na próxima semana, quando iremos explorar as plantas através de alguns experimentos.


Veja abaixo mais fotos deste projeto:

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Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II)

1/26/2013

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Rio Ibi, em Kaizu, um dos três rios protagonistas da história da região.
“Descobertas na água doce: O domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu, Província de Gifu - Japão"

Para conhecer a primeira parte deste projeto interdisciplinar clique no link abaixo:
                         
                 OFICINA: PARTE I






INTRODUÇÃO: A cidade de Kaizu (província de Gifu - Japão) foi no passado palco de eventos históricos, que moldaram toda sua cultura. A colonização da região, desenvolvida através dos wajus, espécie de ilhas fluviais artificiais, colocavam seus habitantes em constante confronto com a natureza, desafiando a fúria das águas, durante grandes inundações. Hoje a paisagem da região, totalmente transformada por diques construídos no século XIX, ainda guarda registros indeléveis destes eventos na sua cultura. Partindo do pressuposto que a água é um recurso essencial, não somente como alimento, mas também como um bem cultural e social, a história contada pelas casas, templos, e museus de Kaizu, foi considerada no desenvolvimento de práticas que possibilitassem situações de aprendizagem de conteúdos de História, dentro de uma proposta interdisciplinar, centrada no tema “água”. Desta forma, foram utilizados eventos do passado como uma chave para compreensão do presente e melhor entendimento do ambiente que hoje se estabelece na região.

PÚBLICO ALVO: 11 alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, localizada no município de Ogaki, província de Gifu - Japão).

OBJETIVOS:
- Investigar a história das modificações efetuadas nos recursos hídricos da região de Kaizu e o modo de vida dos seus antigos moradores;
- Conhecer e vivenciar fatores sócio-culturais presentes hoje no local, compreendendo o estabelecimento do homem em um ambiente tão hostil;
- Produzir desenhos e textos coletivos, sobre as atividades vivenciadas, descrevendo e relatando a história da região.


DESENVOLVIMENTO:
Os alunos participaram de um estudo do meio, onde visitaram o Museu de História e Folclore de Kaizu e o Parque Kiso-Sansen, os quais possuem um rico acervo sobre a história da região (Figuras 1, 2 e 3). Durante esta atividade, alunos do Sexto Ano, tutoraram os alunos do Terceiro Ano, auxiliando-os na coleta de dados e pesquisa durante todo o passeio. Em sala de aula, os alunos recordaram a cronologia de tudo que havia sido visto e vivido no estudo do meio (Figura 4), além de aprenderam o significado de alguns ideogramas chineses (Kanjis), que dão nome a cidade e localidades visitadas, compreendendo que a cultura local também encontra-se registrada na sua nomenclatura (Figuras 5, 6 e 7). Como produção final, os alunos, através de criações coletivas, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção do livro “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”. A escolha do roteiro, bem como da forma de contar a história foi livre e escolhida pelos próprios alunos, sob a orientação do grupo responsável pelo projeto (Figuras 8 e 9).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os momentos vividos, durante a realização desta oficina, onde os alunos exploraram a região de Kaizu, descobrindo seus segredos e investigando parte de sua rica trajetória ao longo do tempo, possibilitou trabalhar dentro de uma concepção mais participativa e interdisciplinar, onde a criança pode, de fato, interagir diretamente com o seu objeto de estudo. Permitiu também demonstrar que a História também podem e deve contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências. O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender. A nós, professores, ficou claro que o processo de aprendizagem não pode ser apenas embasado em regras, números, formulas e letras; ele precisa considerar também a sensibilidade, a criatividade e a construção do respeito pelas outras formas de vida e pelas outras culturas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BORGES, M. A. Q.; BRAGA, J. L. M. O Ensino de história nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista on-line Unileste, jan/jun 2004 no. 1.

FELTRAN, R. C. S.; FILHO, A. F. Estudo do Meio. In: VEIGA, Ilma de Passos de Alencastro (Org.). Técnicas de ensino: Por que não? Campinas, SP: Papirus, 1991.

RIBEIRO, M. A.  A convivência harmônica com a água: uma lição japonesa. Revista Estudos Avançados 22 (63), 2008. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

SILVA, E. R. O curso da água na história: simbologia, moralidade e a gestão de recursos hídricos. Tese de Doutorado. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, 1998.


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Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I)

1/13/2013

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    A história da região de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão, nos mostra claramente como o homem, através das suas ferramentas tecnológicas, consegue dominar e domesticar o meio em que vive, de acordo com suas necessidades adaptativas.
    A fúria da natureza, no passado, traduzida na forma de grandes inundações anuais, desencadeou no homem de Kaizu um íntimo relacionamento com a água, que acabou moldando sua cultura ao longo do tempo.
    As práticas desenvolvidas e retratadas neste artigo, foram fruto de um plano integrado e interdisciplinar, desenvolvido entre os meses de Maio e Novembro de 2012, para a o estudo destas transformações ocorridas a mais de 100 anos, para o entendimento do ambiente que hoje encontramos naquela região
    Durante este período, os alunos do Terceiro Ano do Primeiro Ciclo, da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, participaram de atividades que contemplaram as áreas de Ciências, História e Geografia, tendo a água como como eixo central.
    Estas prática foram organizadas na forma de três oficinas: "A Vida na Água Doce", "Descobertas na Água Doce" e "Transformações nos Mananciais de Água Doce".
        Neste primeiro artigo será apresentada a primeira oficina "A Vida na Água Doce" que contempla a área de Ciências.


             “A Vida na Água Doce - Estudo dos seres vivos de um riacho”

INTRODUÇÃO: Dentro de corpos d'água naturais, encontramos uma infinidade de seres adaptados a vida aquática, dependentes de um ambiente equilibrado para seus processos ecológicos, que tem influência com o meio terrestre. A compreensão de como funcionam e se organizam estes ambientes, através de atividades práticas, proporcionam um entendimento das interações existentes na natureza e da importância de um meio equilibrado para o próprio homem, além do que, para as crianças, a curiosidade é um incentivo para que investiguem o mundo e esse processo é muito importante durante seu desenvolvimento. A partir da exploração de temas e conceitos sobre os ambientes de água doce, foram desenvolvidas práticas e dinâmicas sobre a fauna aquática do riacho localizado nas imediações da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, estudando a água como recurso indispensável aos seres vivos e os problemas relacionados a sua conservação.

PÚBLICO ALVO: 11 alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, localizada no município de Ogaki, província de Gifu - Japão).

OBJETIVOS:
- Discutir o consumo, desperdício e degradação dos recursos hídricos, compreendendo que o uso irresponsável da água pode prejudicar a sobrevivência dos seres vivos;
- Montar aquários de água doce, utilizando estes ecossistemas artificiais, para a compreensão de processos que ocorrem na natureza;
- Desenvolver um estudo do meio, coletando alguns animais aquáticos, para povoar os aquários, observando e investigando seus modo de vida;
- Registrar as atividades vivenciadas através de desenhos e textos coletivos.
Expor os resultados destas práticas durante a Feira de Ciências da Hiro Gakuen.


DESENVOLVIMENTO: Os alunos coletaram, identificaram e durante alguns meses, mantiveram em aquários espécies da fauna aquática do riacho da Escola Hiro Gakuen. Foram coletados peixes, lagostins, caramujos e diversos insetos aquáticos. Nesta fase estudamos também a água como um recurso indispensável aos seres vivos e os problemas relacionados a sua conservação. Durante algumas semanas os alunos observaram os animais, desenvolveram pesquisas sobre a biologia destas espécies e produziram textos coletivos sobre tudo que vivenciaram. Todo este trabalho foi apresentado durante a Feira de Ciências da Escola Hiro Gakuen, onde os alunos explicaram sobre os habitantes do riacho da escola, além da importância da água para os seres vivos. A partir de sugestões dos próprios alunos, os textos coletivos e ilustrações elaborados, foram incorporados no livro “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”, visto que, o riacho da escola encontra-se conectado aos rios desta região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experimentação, como prática no ensino, é um valioso recurso no ensino/aprendizagem, principalmente quando as atividades são instigantes e desafiadoras, permitindo que a criança possa explorar e descobrir coisas por si só, tornando o ato de aprender interessante, divertido e prazeroso. Os momentos vividos durante a realização desta oficina, onde os alunos exploraram a fauna e a flora dos ambientes de água doce, compreendendo a importância deste recurso natural e indispensável a vida, possibilitou trabalhar dentro de uma concepção mais participativa e interdisciplinar, onde conceitos de Ciências puderam ser compreendidos através da interação direta com o objeto de estudo. O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.
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    Cláudio da Silva

    Sou Pedagogo e Biólogo e atualmente trabalho na Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen (Ogaki - Japão).

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