Solicitei, previamente, que eles trouxessem para a nossa aula algumas sementes de suas casas. Nós já havíamos trabalhado conceitos referentes as principais partes dos vegetais e, portanto, eles já estavam familiarizados com o tema.
Assim, eles trouxeram noz moscada, girassol, feijão, pimenta vermelha e milho. Expliquei que iríamos plantar estas sementes e ver se elas iriam germinar e que, posteriormente, iríamos também acompanhar o desenvolvimento delas, anotando diariamente o que estaria acontecendo no nosso experimento.
Assim que abriram o pacote, todos estavam querendo conferir o cheiro do húmus pois, eu havia pacientemente explicado que ele se forma pela decomposição da matéria orgânica mas que, no final do processo, não fica mal cheiroso, que a gente só sente um cheirinho de terra. Pude perceber pelas expressões faciais que eles queriam conferir o que eu havia dito mas com dúvidas se realmente era verdade. As caretas, antes de levar a terra ao nariz, deixava claro que eles pressentiam que o cheiro do húmus não seria bom. Logo após sentirem o odor, mudavam de caretas para feições de surpresa e imediatamente comentavam com os outros que não era ruim.
Assim, ao longo da atividade, eles acabaram cedendo a curiosidade e passaram também a tocar a terra e tudo virou uma grande diversão. Alertei, porém, para que não levassem as mão a boca, aos olhos, etc. pois existem seres pequeninos na terra que podem realmente fazer mal ao nosso organismo.
A temperatura do material foi também comentada por alguns alunos, visto que eu havia deixado os sacos do lado de fora da escola até o momento da atividade e, aqui no Japão, no mês de março o frio é ainda bem intenso.
Colocamos a terra em pequenos vasos e copinhos plásticos, plantamos as sementes e acompanhamos o desenvolvimento das plantas durante várias semanas.