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Curso: Projetos Educativos na Papua Nova Guiné

8/18/2014

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PictureDinâmica desenvolvida durante o curso sobre Projetos Educativos.
Durante cinco dias, pude conhecer uma escola na Papua Nova Guiné, desenvolvendo um pequeno curso sobre Projetos Educativos Interdisciplinares para seus professores, baseado na minha experiência como educador. Neste "segundo" post, apresento um pouco mais sobre a cultura deste enigmático país, além de contar como foi meu contato com a Madina Primary School na Província de Nova Irlanda.

Organizar um curso para os professores da Madina Primary School, na Papua Nova Guiné, foi um pouco complicado, pois a realidade das escolas deste país são completamente diferentes de qualquer ambiente que eu já havia conhecido.
Apesar das longas conversas com o Professor Volker (linguista que vem trabalhando com a comunidade indígena da região desta escola, há mais de 20 anos), além do contato com alguns Papuas, que acabei conhecendo durante minha estadia no Japão, me preocupava qual conteúdo poderia ser abordado neste curso.
Além da precariedade de muitas escolas, que mal possuem livros didáticos, energia elétrica ou mesmo professores habilitados e devidamente treinados, havia ainda problemas relacionados a língua, o que gostaria de abordar brevemente a seguir.

Exemplo de uma escola na Papua Nova Guiné: Karawara Primary School, nas Ilhas de Duke of York, Província de  East New Britain (Clique para vizualizar as fotos).
Sinalização da escola, próxima a região onde os barcos aportam em Kerawara.
Predios da Escola de Kerawara.
Biblioteca da escola.
Detalhe de atividade de Inglês, na Escola de Kerawara.
A Papua Nova Guiné possui o Inglês como uma de suas três línguas nacionais, as outras duas são o Tok Pisin (lingua crioula, baseada no Inglês, largamente utilizada na comunicação oral em toda Papua) e o Hiri Motu (outra lingua crioula que, apesar de bastante utilizada, vem perdendo espaço para o Tok Pisin). O Inglês é a língua oficial no ensino acadêmico porém, começa a ser ensinado, na maioria das escolas, apenas a partir do Terceiro Ano. Isto acontece devido a diversidade linguistica existente na Papua Nova Guiné (mais de 850 línguas diferentes). Assim, as escolas, juntamente com suas comunidades, escolhem quais línguas serão utilizadas até o Segundo Ano, podendo ser a língua indígena local, o Tok Pisin, o Hiri Motu ou mesmo o Inglês. Na vila Madina, na Província de Nova Irlanda, onde estive, a população utiliza o “Nalik” como lingua local. Assim, todo o ensino na Madina Elementary School, escola responsável pelas séries iniciais até o Terceiro Ano, é desenvolvido de forma bilíngue, utilizando o Nalik e o Inglês.
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Alunos da Madina Primary School - Vila Madina, Provincia de Nova Irlanda.
Um dos problemas enfrentados por muitas escolas nos dias de hoje, são as recentes mudanças nos hábitos culturais, em diversas tribos, que tem acarretado grandes conseqüências as línguas locais. Muitas comunidades não tem mais ensinado sua lingua nativa a seus filhos, que acabam aprendendo a falar apenas o Tok Pisin, já que o Inglês é raramente utilizado em conversas informais. Na escola, no entanto, são obrigadas a aprender a lingua local para, após o Terceiro Ano, mudarem para o Inglês. Segundo muitos especialistas este novo comportamento tem acarretado em dificuldades de aprendizado. 
Através desta análise, podemos dizer que, apesar do Inglês ser uma lingua oficial na Papua Nova Guiné ela é aprendida e utilizada, na maioria das vezes, como uma língua estrangeira. Nas ruas é muito difícil ver pessoas conversando em Inglês e muitos não conseguem falar ou compreender a língua.
Desta forma, a princípio, minha proposta de atividade na Papua Nova Guiné, seria de um breve contato com os professores e a direção da escola, visando partilhar os resultados dos quatro anos do desenvolvimento do “Projeto Pen Pal”, onde os alunos da Escola Brasileira Hirogakuen, no Japão, se correspondem, em inglês, com alunos da Madina Primary School na Nova Guiné.

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Material enviado pelos alunos da Hirogakuen (no Japão), em 2012. A escola Madina Primary School, mantém este mural até hoje.
Eu queria apresentar aos professores, a forma como eu havia organizado as etapas deste projeto e estava utilizando a troca de correspondências entre os alunos, como estratégia para melhorar o aprendizado de elementos referentes a gramática da lingua inglesa; apresentar novas palavras para incrementar o vocabulário dos alunos; incentivá-los a escrever pequenos parágrafos em inglês, além de expandir o tema para outras áreas do conhecimento como: Geografia, História e Ciências.
Eu queria discutir estes elementos pois, analisando as cartas dos alunos da Madina Primary School, quando estas chegavam até meus alunos no Japão, percebi que os professores não estavam participando de todo o processo. A atividade não estava sendo conduzida como um propósito de aprendizagem, mas sim como uma atividade recreativa, totalmente desvinculada das aulas, ou seja, os professores estavam apenas pedindo aos alunos para redigirem uma carta.
Esta minha suspeita foi embasada através de algumas observações como: muitas cartas não seguiam um padrão para este formato de texto; presença de muitos erros gramaticais simples, além de palavras provenientes da língua Tok Pisin. Todos estes elementos demonstravam que as cartas não haviam recebido revisão e estavam sendo encaminhadas da forma como estavam sendo produzidas pelas crianças.
Claro que, quando propusemos a Madina Primary School este intercâmbio, não consideramos nenhuma metodologia a ser seguida, apenas a possibilidade dos alunos se comunicarem por correspondência.
Assim, considerei que o Curso a ser apresentado ao corpo técnico da escola Madina Primary School, poderia abordar o tema “Projetos Interdisciplinares”, procurando através da discussão dos resultados do Projeto Pen Pal, demonstrar como elaborar, desenvolver e avaliar este tipo de atividade dentro do ambiente escolar. 

Dois momentos na Papua Nova Guiné (clique para visualizar as fotos)

Alunos do Quarto Ano da madina Primary School, lendo as cartas recebidas em 2014.
Aluna do Sétimo Ano escrevendo sua carta para o Japão.
A programação,  dividida em cinco dias (23 a 27 de junho), incluiu também o meu contato com os alunos, juntamente com seus professores, onde conversei sobre a escola Hirogakuen e entreguei as novas cartas vindas do Japão; apresentei alguns aspectos da cultura brasileira e ensinei alguns jogos e brincadeiras (veja maiores detalhes no post: Ultrapassando Fronteiras: Projetos Educativos na Papua Nova Guiné).
Durante os encontros discutimos estratégias de como instigar a curiosidade dos alunos e organizar atividades considerando diversas áreas do conhecimento. Como exemplo de projetos educativos, apresentei aos professores algumas atividades que havia previamente desenvolvido com meus alunos da Hirogakuen. Mostrei livros produzidos pelos alunos, alguns vídeos, além de atividades mais simples como Origamis e máscaras com papeis coloridos.
Como proposta final, sugeri que a escola elaborasse um pequeno projeto para o Terceiro e Quarto Ano, focando na aquisição de habilidades na escrita em inglês, juntamente com conteúdos de outras disciplinas. 

Conversando com os professores, ficou definido que o projeto seria de um pequeno livro, narrando algum assunto do interesse dos próprios alunos. O livro seria escrito e ilustrado coletivamente, utilizando frases e parágrafos simples, os quais posteriormente receberiam revisões e sugestões dos professores.
Como forma de despertar o interesse dos alunos pelo projeto, foi definido que a produção seria enviada, como presente, aos alunos da Escola Hirogakuen no Japão.
Como a escola carece de equipamentos para produção dos textos (computadores e impressoras), o livro será totalmente manuscrito; uma alternativa encontrada pelos professores para reproduzir o Projeto “Livro coletivo", que mostrei durante nossos encontros.


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Professoras analisando as produções, elaboradas pelos alunos da Hirogakuen.
Na minha avaliação, este breve encontro foi muito produtivo. Apesar das diferenças culturais entre os Papua-nova-guineses e nós brasileiros a comunicação, durante as atividades, foi bastante tranquila e todos participaram das dinâmicas e atividades sugeridas.
Segundo a Diretora da Madina Primary School, Professora Elsie Rakum,  foi uma grande oportunidade para sua escola que, localizada em uma área tão remota, pode conhecer um pouco mais sobre trabalhos educativos desenvolvidos em outro país como o Japão. A Coordenadora da Madina Primary School, Professora Kombeng, acrescentou ainda que, o curso ajudou-os a compreender como os professores poderiam construir atividades mais interativas, além de aproveitar mais do projeto Pen Pal para reforçar o aprendizado do Inglês, principalmente entre os alunos do Terceiro e Quarto Ano.
Gostaria de acrescentar ainda que, fui muito bem recebido no vilarejo indígena Madina, durante as três semanas em que permaneci na Papua Nova Guiné. O povo deste país é muito simpático e acolhedor.

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Foto de encerramento do curso, com os professores da Madina Primary School
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Ultrapassando Fronteiras: Projetos Educativos na Papua Nova Guiné

7/5/2014

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PictureMadina Primary School - Papua Nova Guiné
Durante o mês de junho, tive a oportunidade de conhecer a Província de Nova Irlanda, na Papua Nova Guiné. Durante minha visita a este belíssimo país, estive em contato com uma escola localizada em uma comunidade indígena, num vilarejo chamado Madina, onde apresentei aos professores um pouco da minha experiência como educador no Japão e também tive contato com os alunos. Esta escola, a Madina Primary School, participa do projeto “Pen Pal”, onde seus alunos se correspondem com os alunos da Escola Hirogakuen no Japão desde 2011. Neste post e em outros que virão, vou contar um pouco desta incrível experiência.

A Papua Nova Guiné sempre atraiu a atenção de diversos especialistas e pesquisadores, interessados na diversidade linguistica das diversas ilhas que compõe o país. Em toda Papua,  podem ser encontrada mais de 850 línguas diferentes, muitas das quais estão hoje quase extintas, pois muitas famílias vem lentamente, a cada geração, formando um número menor de pessoas capazes de falar a língua de seus antepassados, dentro de suas próprias comunidades. Nenhum país no mundo possui tanta diversidade linguística e, como motivo de comparação, podemos citar a Indonésia que, apesar de ocupar o segundo lugar, possui cerca de 300 línguas diferentes, ou seja, menos da metade da Papua Nova Guiné. Apesar de tantas línguas, o Inglês é a lingua oficial ensinada nas escolas e utilizado como meio de comunicação formal em todo país.
Foi através de um destes especialistas em línguas, o Professor Dr. Craig Alan Volker, que foi possível,  a quatro anos atras, iniciar um projeto de intercâmbio entre a Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen, no Japão, e a Madina Primary School da Papua Nova Guiné.
O Dr. Volker, atual Professor de Pesquisas Lingüísticas da Divine Word University na Papua Nova Guiné, na época, trabalhava na Gifu Shotoku Gakuen University, no Japão, e mantinha contato com o vilarejo indígena de Madina, localizado na Província de Nova Irlanda. Foi neste mesmo vilarejo que, há 20 anos atrás, ele descreveu e documentou a “Nalik”, uma língua indígena falada por uma comunidade de mesmo nome, que hoje está representada por aproximadamente 4.000 pessoas nesta região.

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Vista de alguns dos prédios da Madina Primary School
Como após a pesquisa, o Prof. Volker continuou a desenvolver diversos projetos relacionados a língua Nalik, ele ajudou no estabelecimento do intercâmbio entre estas duas escolas o que resultou no Projeto “Pen Pal”, onde os alunos destas duas instituições passaram a trocar correspondências.
O Projeto “Pen Pal” tem como um de seus principais objetivos, incentivar e desenvolver o interesse dos alunos pelo estudo da língua inglesa, além de possibilitar a partilha de elementos dos locais onde vivem, promovendo um intercâmbio cultural entre seus participantes. Maiores detalhes sobre este projeto, podem ser acessados em “Projeto Pen Pal”.
A Madina Primary School é uma escola pequena, que atende cerca de 156 crianças e adolescentes, onde a grande maioria (cerca de 95%) pertencem a comunidade indígena Nalik. As séries encontram-se divididas entre o Terceiro Ano ao Oitavo Ano que, no sistema brasileiro, corresponderia as mesmas séries, porém, no sistema da Papua Nova Guiné, o Ensino Médio possui quatro séries, começando no Nono Ano e terminando no Décimo Segundo Ano.
As crianças em séries inferiores ao Terceiro Ano, são atendidas em outra unidade escolar: a Madina Elementary School e os alunos que concluem o Oitavo ano podem escolher uma das diversas escolas do Ensino Médio, para continuarem seus estudos.

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Bandeira da Provincia de Nova Irlanda, na Madina Primary School.
A princípio, o ambiente e o comportamento dos alunos, lembram ao de uma escola rural no Brasil. As construções são bem simples, todas em madeira, e o ambiente é representado, principalmente, por uma exuberante floresta, que se estende por todos os arredores da escola.
Aos poucos, porém, vamos percebendo grandes diferenças…
Algo que chama a atenção, de imediato, é que cada aluno carrega para a escola um longo “facão”. É possível ver crianças do Quarto Ano, carregando longos facões para a escola, pois elas precisam desenvolver determinadas tarefas, onde esta ferramenta é requisitada como: aparar a grama, retirar ervas daninhas dos canteiros, ou mesmo, cortar um coco para ser consumido como lanche, na hora do recreio.
A princípio, chega a ser assustador ver crianças portando algo tão perigoso mas, aos poucos,  vamos nos acostumando com esta cena estranha, ao perceber que todos manuseiam seus facões com bastante cuidado e responsabilidade. Quando contei a diretora sobre o meu espanto e indaguei se ela e os professores não temiam que os alunos viessem a se ferir, ela apenas riu. Para estes pequenos e seus professores, carregar um facão é algo tão normal quanto trazer caneta e caderno para a escola.


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Crianças indo para a escola com seus "facões"
No currículo desta escola, existe uma disciplina chamada “Making a Living”, onde os alunos aprendem sobre tarefas comuns em suas comunidades como: o desenvolvimento de agricultura de subsistência, além de aspectos relacionados a pesca e exploração de outros recursos naturais da região. Como atividade prática, neste semestre, os alunos estão cultivando melancias, das quais fomos presenteados com um exemplar, pelos alunos do Sexto Ano.
Durante o período em que tive a oportunidade de visitar a escola, pude conversar com os alunos e desenvolver algumas atividades. Assim, eu ensinei o Terceiro Ano a confeccionarem alguns Origamis (dobraduras em papel) e apresentei aos alunos do Quarto Ano alguns animais brasileiros e os ensinei a cantarem e brincarem de Escravos-de-Jó. Esta última atividade foi tão bem aceita que, dias após minha visita os alunos ainda lembravam a música e continuavam a brincar com seus colegas.

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Aula de Origami com alunos do Terceiro Ano - Madina Primary School
Segundo o Professor Volker, como estas crianças nasceram em um ambiente onde, falar diversas línguas é algo natural, elas acabam não tendo dificuldades em aprenderem novas palavras, quando estas lhe são apresentadas.
Assim, aprender esta canção folclórica brasileira foi extremamente divertido para estes pequenos e também a seus professores que, anotavam tudo que eu ia explicando, e tentavam pronunciar as palavras juntamente com os alunos.
No próximo post irei contar um pouco mais sobre minha experiência na Madina Primary School, focando nas atividades do Workshop que desenvolvi com os professores desta unidade, durante o período de 23 a 27 de junho. Veja abaixo, mais fotos sobre esta experiência pela Papua nova Guiné.

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Os Incríveis Macacos-da-neve

5/16/2014

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Conheça um grupo de macacos,  que gosta de tomar banhos de água quente, para se aquecer durante o inverno japonês.
Este vídeo, elaborado com alunos do Quinto e Sexto Ano, mostra esta e outras curiosidades destes incríveis animais.



Este vídeo, sobre o macaco-da-neve, também conhecido como macaco-japonês (Macaca fuscata), foi elaborado com a colaboração dos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen.
A idéia surgiu após uma aula onde os alunos assistiram vídeos e viram fotos do Parque Jigokudani, localizado na cidade de Yamanouchi, Província de Nagano, onde existe um grupo especial destes macacos.
O macaco-japonês é bem conhecido pela sua habilidade de descobrir coisas novas e ensinar ao seu grupo, perpetuando este aprendizado por gerações. Assim existem hoje, no Japão, grupos destes macacos com comportamentos bem diferentes entre si, entre os quais o grupo de Jigokudani que aprendeu a tomar banhos em águas termais para se proteger do frio intenso do rigoroso inverno desta região.
Os alunos do Sexto Ano conduziram uma pesquisa na internet, buscando informações sobre este primata. Esta pequisa foi posteriormente formatada como um roteiro, para ser transformado num vídeo documentário do macaco-da-neve.
Os alunos do Quinto Ano também quiseram participar e auxiliaram participando das gravações do texto elaborado pelo Sexto Ano e trazendo diversas sugestões para o vídeo.
A professora de Japonês da Hirogakuen, colaborou muito para desenvolvimento do interesse dos alunos pelas pesquisas, trazendo um documentário, em japonês, sobre um grupo de macacos que habitam o Norte do Japão. O estudo detalhado sobre o clima, localização geográfica de onde estes animais vivem, além e aspectos culturais dos macacos dentro da cultura japonesa, tornou este projeto interdisciplinar e participativo.
Confira no link abaixo a história dos Incríveis Macacos-da-neve, contada pelos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Hirogakuen.
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Vídeo do Projeto Felinos Selvagens: "As Pintas do Jaguaretê"

4/30/2014

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Confira neste post, o vídeo elaborado pelos alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen. Neste vídeo eles apresentam um pouco do que aprenderam sobre a Onça-pintada e a Suçuarana, durante um projeto de Ciências repleto de atividades interativas, de caráter interdisciplinar.

Para conhecer mais sobre o desenvolvimento do projeto, visite o link abaixo:

Projeto FELINOS SELVAGENS

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As Pintas do Jaguaretê: Projeto Felinos Selvagens

4/28/2014

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Neste post você poderá conferir um Projeto Educativo de Ciências sobre a Onça-pintada e a Suçuarana. 
O projeto intitulado "As Pintas do Jaguaretê", foi desenvolvido com alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.


Durante o período de três meses, alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental,  da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen (Província de Gifu, Ogaki-Japão), estiveram pesquisando e aprendendo sobre aspectos relacionados a biologia e ecologia dos felinos selvagens, especialmente sobre a Onça-pintada e a Suçuarana.
O projeto intitulado “As Pintas do Jaguaretê”,  teve como principal objetivo apresentar a estes brasileirinhos, que residem no Japão, informações sobre a fauna brasileira, através de atividades que possibilitassem a exploração de habilidades relacionadas a outras disciplinas.
Também visou contribuir para a exploração do meio onde estes alunos vivem no Japão, apresentando a eles ações simples como: andar de trem público comprando a própria passagem e visitar o centro movimentado de uma cidade grande como Nagoya; atividades estas com as quais eles não estavam habituados e/ou mesmo nunca tiveram a oportunidade de experimentar.
Este projeto também buscou ultrapassar as dimensões do material didatico de Ciências, explorando outros recursos e linguagens, apresentando a estes alunos conceitos relacionados a classificação, hábitos e reprodução dos animais; conteúdos estes presentes nas apostilas dos Primeiro e Segundo Bimestre do Terceiro Ano.
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Todas as atividades propostas ao longo do projeto, foram programadas para auxiliar no desenvolvimento de um produto final: a produção de um vídeo, cujo roteiro seria elaborado pelos próprios alunos. Entre estas atividades podemos citar:
- Projeção de filmes e apresentação de slides sobre as espécies de felinos existentes no Brasil. Esta atividade foi divulgada entre os alunos como "CINEANIMAL e, uma vez por semana, eles podiam conferir vídeos curtos abordando alguns aspecto sobre a biologia e a ecologia dos felinos selvagens.
- Pesquisas na FELINOTECA; um espaço organizado dentro da sala de aula onde foram exibidos fotos de diversos felinos brasileiros, além de textos previamente selecionados na internet, que foram impressos e encadernados. Os alunos podiam consultar este material durante seu horário livre e nas aulas de leitura.
- Elaboração de diversas atividades artísticas como produção de máscaras, desenhos, pinturas, colagens, etc.
- Produção de textos coletivos e individuais, que foram utilizados na elaboração do roteiro do vídeo do projeto,
- Realização de um Estudo do Meio, através de uma visita ao Zoológico da cidade de Nagoya (Província de Aichi), visando a observação de felinos selvagens, principalmente o da Onça-pintada.


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Os alunos do Sexto Ano também puderam participar de algumas atividades do projeto e acompanharam, na qualidade de tutores mirins, a turma do Terceiro Ano até o Zoológico de Nagoya. Eles também contribuíram com pesquisas e gravações de alguns trechos para o vídeo.
Os conceitos envolvidos neste projeto, foram também explorados, considerando-se a realidade vivida por estes alunos no Japão. Muitos dos participantes nunca haviam visitado um Zoológico antes e/ou utilizado o sistema ferroviário do Japão.  Assim, optou-se pela utilização dos trens, para o deslocamento dos alunos até o Zoológico, permitindo desta forma a experiência de utilizar este meio de transporte público pela primeira vez.
A observação da interação dos alunos nos momentos presenciais, durante as atividades e dinâmicas, bem como através dos comentários trazidos pelos seus familiares, mostrou que houve um grande envolvimento dos educandos. A FELINOTECA foi muito utilizada pelos alunos e eles simplesmente adoravam os dias selecionados para o CINEANIMAL.
Os resultados obtidos demonstram que, atividades como as desenvolvidas neste projeto, proporcionam uma forma diferente de explorar temas aparentemente distantes da realidade dos alunos, de uma forma mais dinâmica e participativa.
Também notou-se que os conceitos, a partir do momento que eram construídos coletivamente, passavam a serem incorporados e utilizados pelos educandos de forma bem espontânea, o que pode ser claramente observado nas produções textuais contidas no roteiro do vídeo: “As Pintas do Jaguaretê”.
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Projeto Felinos Selvagens

4/18/2014

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Desde fevereiro deste ano, os alunos do Terceiro e Sexto Ano estão participando de um projeto de Ciências sobre animais intitulado: Felinos Selvagens.
Durante as atividades propostas, eles desenvolveram pesquisas, participaram de atividades artísticas, elaborando desenhos e pinturas, além de construírem textos para um pequeno vídeo documentário, o qual recebeu o nome de: As Pintas do Jaguaretê: projeto felinos selvagens.
Neste post você poderá conferir um pequeno trailer deste vídeo, que estará disponível aqui no mês de maio, além de ver diversas imagens de algumas das atividades desenvolvidas neste projeto, onde os alunos exploraram, aprenderam e se divertiram conhecendo mais sobre a natureza e alguns dos mais incríveis animais do Brasil.

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Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce 

1/25/2014

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Conheça a história de uma região muito especial do Japão, contada por  alunos do Ensino Fundamental, através do livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.

Parte deste projeto já foi divulgado nos posts:


Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I).

Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II).


Este projeto é parte integrante do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Pedagogia:  "A PRÁTICA DOCENTE COM COMPROMISSO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES" apresentado em 2013 na UFMT.

Este livro, desenvolvido por alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental, conta um pouco da história da região compreendida pela cidade de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão.
No passado, a região de Kaizu passou por diversas transformações no seu sistema hídrico,  para permitir que o homem lá se estabelecesse. Cursos de rios foram modificados e diques foram construídos com a ajuda de engenheiros Holandeses.
Visando trabalhar o tema água, de forma interdisciplinar e participativa, possibilitando situações de aprendizagem e interação com as práticas planejadas, os alunos foram orientados  a realizarem uma análise biológica e histórico-cultural da região de Kaizu durante três oficinas: “A Vida na Água Doce; “Descobertas na Água Doce: o domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu”; “Transformações nos Mananciais de Água Doce”.
Como produção final destas atividades, os alunos, através de criações coletivas e contribuições mais individuais, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção deste livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.
A metodologia utilizada no acompanhamento destas produções permitiu que todos os alunos participassem, contribuindo com frases e palavras, que eram redigidas, editadas e corrigidas no quadro negro; por meio de textos criados em grupos, onde os alunos produziam seus escritos. Ao longo de todo este processo, estes pequenos escritores foram auxiliados pelos professores na correção, formatação e adequação dos textos.
O trabalho integrado, entre diferentes áreas do conhecimento, permitiu uma abordagem mais profunda nas discussões, fornecendo ferramentas para construir práticas que estavam além da simples investigação ambiental, englobando também fatores sócio-culturais da região, que forneceram aos alunos informações importantes sobre um assunto que lhes era desconhecido, apesar de fazer parte da região onde vivem aqui no Japão. Permitiu também demonstrar que disciplinas voltadas para áreas científicas também podem e devem contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências.
O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.



Veja o livro abaixo, publicado no Scrib.

Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce by Claudio da Silva

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Projeto "Os Vegetais" (Terceira Etapa - Final)

1/17/2014

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Alunos do Segundo Ano e seus trabalhos artísticos, durante a Feira de Ciências da escola Hirogakuen.
No ano passado, durante o terceiro bimestre, os alunos do Segundo Ano do Ensino Fundamental participaram de um projeto sobre os vegetais. Durante o desenvolvimento das atividades deste projeto, pesquisamos e analisamos as principais estruturas que compõem as plantas (raízes, caule, flores, frutos e sementes).
Todo o processo foi bastante prático e participativo.


Veja a Primeira etapa deste projeto AQUI!


Veja a Segunda etapa deste projeto AQUI!


Além dos conteúdos de Ciências, as atividades propostas envolveram conceitos relacionados a Artes, onde os alunos exploraram diferentes materiais para o desenvolvimento de desenhos, pinturas, colagens e construção de origamis relacionados ao tema sugerido.
Paralelamente a todas estas práticas, os alunos ainda produziram diversos textos, coletivos e individuais, que foram utilizados na edição e confecção de um pequeno livro que, após finalizado e impresso, foi distribuído a todos os participantes.
Os alunos participaram de todo o processo de edição, onde puderam também aprender sobre os elementos básicos que compõem um livro. 
Após impressão e encadernação, o produto final do projeto foi distribuído a todos os participantes durante a "Feira de Ciências" da escola. Neste evento, os pais dos nossos escritores e pesquisadores mirins puderam conferir todo o material desenvolvido ao longo do projeto, além da apresentação do Jogral:  "História da Planta" (Poesia infantil dos escritores Ofélia e Narbal Fontes),  que foi recitado por todos os alunos do Segundo Ano.

Confira nos vídeos abaixo: um resumo ilustrado de todas as etapas deste projeto, além da apresentação do jogral durante a Feira de Ciências da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.
Veja também o livro finalizado, disponibilizado em PDF.

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CLIQUE NA IMAGEM PARA VER O LIVRO COMPLETO



Versão do livro publicado no Scribd.

A Nossa Laranjeira - by Claudio da Silva

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Animais Japoneses Ameaçados de Extinção

10/22/2013

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Neste post gostaria de apresentar um pequeno livro ilustrado, resultado de um projeto desenvolvido com alunos da Terceira e Quarta séries do Ensino Fundamental I  da Escola Comunitária Paulo Freire no Japão.
O projeto "Fauna do Japão", teve como principal objetivo conhecer um pouco mais sobre os animais da Terra do Sol Nascente, fazendo um paralelo com as informações contidas nos livros adotados pela escola que, por serem oriundos do Brasil, não contemplavam a fauna e a flora do Japão.
Assim, conversamos bastante durante nossas aulas sobre o mico-leão-dourado, o lobo-guará, a onça-pintada mas também pesquisamos sobre quais animais vivem no Japão, suas principais características e modo de vida. 
A internet foi uma grande aliada, pois foi a ferramenta que possibilitou acessar informações sobre os ecossistemas japoneses e seus seres vivos. Assim, escolhemos seis animais que, por escolha do próprio grupo, deveriam estar ameaçados de extinção.
Os pequenos textos foram construídos pelos próprios alunos, com base nas pesquisas realizadas na internet. Eles foram orientados a buscarem informações que eles achavam interessantes, anotar em seus cadernos, para posteriormente produzirem um texto sobre aquele determinado animal.
Depois procedeu-se a elaboração de desenhos, pinturas com lápis-de-cor e Giz-de-cera e construção de origamis.
Foi uma atividade muito divertida, com ampla participação de todos os integrantes e desenvolvimento de trabalhos muito bonitos e criativos.  

Animais japoneses ameaçados de extinção by Claudio da Silva

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Projeto "Os Vegetais" (primeira etapa)

7/26/2013

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Durante o terceiro bimestre, no Segundo Ano do Ensino Fundamental, os alunos aprendem sobre os vegetais. Começamos então um projeto, onde estamos pesquisando e analisando as estruturas que compõem as plantas (raízes, caule, flores, frutos e sementes). 

O projeto “Os Vegetais” está sendo desenvolvido com alunos do Segundo Ano do Ensino Fundamental e visa complementar os conteúdos de Ciências do terceiro bimestre, explorando conceitos relacionados a morfologia e ecologia dos vegetais.
Nesta primeira etapa, desenvolvida durante duas semanas, os alunos aprenderam as principais características das plantas através de uma roda de discussões e atividades práticas. Estas últimas, elaboradas com auxílio de atividades artísticas, envolvendo práticas com origamis além de desenhos e pinturas.
Durante as aulas iniciais deste projeto os alunos foram questionados sobre o que conheciam dos vegetais e posteriormente observaram e analisaram, juntamente com o professor, diversas ilustrações de plantas brasileiras e de outras existentes no Japão.
Procurou-se observar as principais estruturas existentes nas plantas e compreender as funções de cada uma delas. Assim, foram apresentados aos alunos os conceitos de raiz, caule (tronco), folhas, flores e frutos. Sempre que possível estes conceitos foram relacionados com plantas que eles conhecem, principalmente com aquelas utilizadas na nossa alimentação.
Após esta primeira etapa, passamos a elaboração de uma árvore para decorar a sala de aula.


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Elaborando o "corpo" da nossa árvore.
Em seguida os alunos elaboraram folhas, utilizando moldes de cartolinas previamente construídos. Os moldes, de dois tamanhos diferentes, foram utilizados para recortas inúmeras folhas verde-escuras e verde-claras. Após o recorte elas ainda foram decoradas com Giz Pastel para o desenho de suas nervuras.

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Elaborando as folhas da nossa árvore.
 Imagem Alunos pintando o solo.
Depois pintamos algumas cartolinas para confeccionar o solo onde nossa árvore seria afixada. 
A partir deste momento, os alunos foram questionados: que tipo de árvore deveríamos fazer? 
Dei alguns exemplos como: macieira, pessegueiro, limoeiro etc. Os alunos sugeriram pé-de-melancia e eu expliquei que a melancia não dava em árvores. A discussão sobre o tipo de árvore que estávamos confeccionando foi muito rica, pois possibilitou explicar mais sobre as plantas, além de apresentar aos alunos nomes de árvores que eles ainda não conheciam.
Por unanimidade foi escolhido a Laranjeira. Assim, o próximo passo foi elaborar nossas laranjas com papel de origami.
Os meus alunos adoram fazer origamis e eu gosto muito de aplicar esta atividade pois é um momento quando eles ficam atentos a tudo que lhes é explicado. Durante a confecção das laranjas fui conversando sobre a função dos frutos para a planta, além de algumas curiosidades sobre esta fruta. Falei que a laranja era originária da China, que era rica em vitamina C, que existiam várias espécies de laranjas, entre outras coisas.

Para finalizar, com a ajuda dos pequenos, eu montei a nossa laranjeira e posteriormente afixamos as fotos que havíamos observados durante a aula. Na aula seguinte trouxe algumas fotos das flores, frutos e sementes da laranjeira para que eles pudessem observar.
Como avaliação, eles ainda preencheram algumas fichas sobre as informações exploradas durante as atividades e foram alertados para a continuação do nosso projeto na próxima semana, quando iremos explorar as plantas através de alguns experimentos.


Veja abaixo mais fotos deste projeto:

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    Cláudio da Silva

    Sou Pedagogo e Biólogo e atualmente trabalho na Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen (Ogaki - Japão).

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