Oficina "O Lixo que dá Certo"
No Japão, a coleta de lixo domiciliar é bastante complexa, havendo inúmeras categorias de separação e diferentes dias de coleta, para tudo que é dispensado, as quais muitos estrangeiros não respeitam. O lixo é considerado responsabilidade individual e cabe a cada cidadão a incumbência de separá-lo, acondicioná-lo e descartá-lo corretamente. Assim, existem dias certos, durante a semana, para jogar o lixo plástico, metálico, vidros, etc. Os materiais de grande porte como os eletrodomésticos acarretam um problema adicional - é preciso pagar uma taxa específica e notificar ao órgão público responsável, para que seja devidamente recolhido. Este sistema é um tanto confuso para alguém recém chegado ao país, ainda mais para os brasileiros que, muitas vezes provém de regiões onde nem mesmo existem coletas seletivas. Em algumas cidades, nos bairros, onde os estrangeiros são numerosos, há maior possibilidade de encontrarmos lixo amontoado de forma irregular, que ali permanece durante meses, entulhado, até que a prefeitura decida fazer a sua coleta.
Numa sociedade onde o consumismo desenfreado é uma moda seguida cegamente por todos, onde é fácil comprar, não existe espaço para a reutilização e tudo que é abandonado ao ar livre, ali permanece, não importando se esteja estragado ou em perfeitas condições de uso. As casas de consertos de equipamentos usados são raras e até mesmo inexistentes em muitas regiões e algo usado, dificilmente será comprado por outra pessoa. Tristemente, os brasileiros se adaptam rapidamente a esta forma de vida, comprando produtos novos e se desfazendo dos antigos, que muitas vezes vão direto para o lixo.
- Assistir ao filme Ilha das Flores, procedendo durante e posteriormente a projeção, um debate crítico das imagens, linguagem e conteúdos apresentados, situando esta obra cinematográfica em seu tempo e espaço social;
- Participar de um debate sobre conceitos, produção e destinação dos resíduos sólidos, compreendendo os problemas ambientais e risco a saúde que o lixo pode acarretar a sociedade.
- Ler e compreender textos relacionados ao tema proposto;
- Desenvolver textos coletivos abordando e sintetizando o tema trabalhado,
- Divulgar todo o processo de aprendizado gerado durante a construção e reconstrução do tema trabalhado, socializando-o com os alunos de outras séries da escola.
Também notou-se que os conceitos, a partir do momento que eram construídos coletivamente, passavam a serem incorporados e utilizados pelos educandos de forma expontânea, o que pode ser claramente observado nas produções textuais elaboradas neste trabalho.
O uso de diferentes linguagens, valendo-se dos diversos recursos utilizados, permitiu que os alunos interagissem de forma mais dinâmica pois, as múltiplas linguagens utilizadas foram vivenciadas e utilizadas de forma articulada, oferecendo um sentido, de forma crítica, à aprendizagem do tema escolhido.
Referências:
ALMEIDA, A. P. K.; DA SILVA, A. S. B.; CAMPOS, F. L. S. A Construção Social do Lixo: Uma Análise das Representações Sociais em Torno do Assunto no Município de Messias Targino (RN). In: 3rd. International Workshop Advances in Cleaner Production. São Paulo , Brazil, May 18th- 20th– 2011.