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Os Incríveis Macacos-da-neve

5/16/2014

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Conheça um grupo de macacos,  que gosta de tomar banhos de água quente, para se aquecer durante o inverno japonês.
Este vídeo, elaborado com alunos do Quinto e Sexto Ano, mostra esta e outras curiosidades destes incríveis animais.



Este vídeo, sobre o macaco-da-neve, também conhecido como macaco-japonês (Macaca fuscata), foi elaborado com a colaboração dos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hirogakuen.
A idéia surgiu após uma aula onde os alunos assistiram vídeos e viram fotos do Parque Jigokudani, localizado na cidade de Yamanouchi, Província de Nagano, onde existe um grupo especial destes macacos.
O macaco-japonês é bem conhecido pela sua habilidade de descobrir coisas novas e ensinar ao seu grupo, perpetuando este aprendizado por gerações. Assim existem hoje, no Japão, grupos destes macacos com comportamentos bem diferentes entre si, entre os quais o grupo de Jigokudani que aprendeu a tomar banhos em águas termais para se proteger do frio intenso do rigoroso inverno desta região.
Os alunos do Sexto Ano conduziram uma pesquisa na internet, buscando informações sobre este primata. Esta pequisa foi posteriormente formatada como um roteiro, para ser transformado num vídeo documentário do macaco-da-neve.
Os alunos do Quinto Ano também quiseram participar e auxiliaram participando das gravações do texto elaborado pelo Sexto Ano e trazendo diversas sugestões para o vídeo.
A professora de Japonês da Hirogakuen, colaborou muito para desenvolvimento do interesse dos alunos pelas pesquisas, trazendo um documentário, em japonês, sobre um grupo de macacos que habitam o Norte do Japão. O estudo detalhado sobre o clima, localização geográfica de onde estes animais vivem, além e aspectos culturais dos macacos dentro da cultura japonesa, tornou este projeto interdisciplinar e participativo.
Confira no link abaixo a história dos Incríveis Macacos-da-neve, contada pelos alunos do Quinto e Sexto Ano da Escola Hirogakuen.
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As Pintas do Jaguaretê: Projeto Felinos Selvagens

4/28/2014

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Neste post você poderá conferir um Projeto Educativo de Ciências sobre a Onça-pintada e a Suçuarana. 
O projeto intitulado "As Pintas do Jaguaretê", foi desenvolvido com alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.


Durante o período de três meses, alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental,  da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen (Província de Gifu, Ogaki-Japão), estiveram pesquisando e aprendendo sobre aspectos relacionados a biologia e ecologia dos felinos selvagens, especialmente sobre a Onça-pintada e a Suçuarana.
O projeto intitulado “As Pintas do Jaguaretê”,  teve como principal objetivo apresentar a estes brasileirinhos, que residem no Japão, informações sobre a fauna brasileira, através de atividades que possibilitassem a exploração de habilidades relacionadas a outras disciplinas.
Também visou contribuir para a exploração do meio onde estes alunos vivem no Japão, apresentando a eles ações simples como: andar de trem público comprando a própria passagem e visitar o centro movimentado de uma cidade grande como Nagoya; atividades estas com as quais eles não estavam habituados e/ou mesmo nunca tiveram a oportunidade de experimentar.
Este projeto também buscou ultrapassar as dimensões do material didatico de Ciências, explorando outros recursos e linguagens, apresentando a estes alunos conceitos relacionados a classificação, hábitos e reprodução dos animais; conteúdos estes presentes nas apostilas dos Primeiro e Segundo Bimestre do Terceiro Ano.
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Todas as atividades propostas ao longo do projeto, foram programadas para auxiliar no desenvolvimento de um produto final: a produção de um vídeo, cujo roteiro seria elaborado pelos próprios alunos. Entre estas atividades podemos citar:
- Projeção de filmes e apresentação de slides sobre as espécies de felinos existentes no Brasil. Esta atividade foi divulgada entre os alunos como "CINEANIMAL e, uma vez por semana, eles podiam conferir vídeos curtos abordando alguns aspecto sobre a biologia e a ecologia dos felinos selvagens.
- Pesquisas na FELINOTECA; um espaço organizado dentro da sala de aula onde foram exibidos fotos de diversos felinos brasileiros, além de textos previamente selecionados na internet, que foram impressos e encadernados. Os alunos podiam consultar este material durante seu horário livre e nas aulas de leitura.
- Elaboração de diversas atividades artísticas como produção de máscaras, desenhos, pinturas, colagens, etc.
- Produção de textos coletivos e individuais, que foram utilizados na elaboração do roteiro do vídeo do projeto,
- Realização de um Estudo do Meio, através de uma visita ao Zoológico da cidade de Nagoya (Província de Aichi), visando a observação de felinos selvagens, principalmente o da Onça-pintada.


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Os alunos do Sexto Ano também puderam participar de algumas atividades do projeto e acompanharam, na qualidade de tutores mirins, a turma do Terceiro Ano até o Zoológico de Nagoya. Eles também contribuíram com pesquisas e gravações de alguns trechos para o vídeo.
Os conceitos envolvidos neste projeto, foram também explorados, considerando-se a realidade vivida por estes alunos no Japão. Muitos dos participantes nunca haviam visitado um Zoológico antes e/ou utilizado o sistema ferroviário do Japão.  Assim, optou-se pela utilização dos trens, para o deslocamento dos alunos até o Zoológico, permitindo desta forma a experiência de utilizar este meio de transporte público pela primeira vez.
A observação da interação dos alunos nos momentos presenciais, durante as atividades e dinâmicas, bem como através dos comentários trazidos pelos seus familiares, mostrou que houve um grande envolvimento dos educandos. A FELINOTECA foi muito utilizada pelos alunos e eles simplesmente adoravam os dias selecionados para o CINEANIMAL.
Os resultados obtidos demonstram que, atividades como as desenvolvidas neste projeto, proporcionam uma forma diferente de explorar temas aparentemente distantes da realidade dos alunos, de uma forma mais dinâmica e participativa.
Também notou-se que os conceitos, a partir do momento que eram construídos coletivamente, passavam a serem incorporados e utilizados pelos educandos de forma bem espontânea, o que pode ser claramente observado nas produções textuais contidas no roteiro do vídeo: “As Pintas do Jaguaretê”.
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Intercâmbio Cultural: Brasil/Japão

2/2/2014

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PictureAlunos do Sexto Ano e o presente elaborado para a escola Yasui



Alunos da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, participam de intercâmbio com alunos japoneses da Escola Primária Yasui.


Todos os anos, a Escola Brasileira Prof. Kawase - Hiro Gakuen, localizada na cidade de Ogaki, província de Gifu no Japão, participa de intercâmbios com escolas japonesas da região. 
Nestas atividades, os alunos brasileiros  interagem com os alunos japoneses e através de jogos e atividades lúdicas,  praticam o idioma japonês. 
Estes encontros são também uma excelente oportunidade para contatos inter-culturais, uma vez que muitas crianças e adolescentes brasileiros que residem no japão e estudam em escolas brasileiras, geralmente não tem amigos ou colegas japoneses.
Participaram deste intercâmbio, alunos do Quinto e Sexto Ano do Ensino Fundamental e a escola visitada foi a Escola Primária Yasui. 
Aproveitamos as atividades introdutórias deste ano (apresentada no post: Começando o Ano de um Jeito Diferente), para elaborarmos um presente para nossos colegas japoneses: um pavão feito com as mãos dos alunos participantes, acompanhado de uma frase em japonês que pode ser traduzida como: "Todos de mãos dadas por um mundo melhor".
Veja como foi o intercâmbio, assistindo ao vídeo abaixo.

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Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce 

1/25/2014

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Conheça a história de uma região muito especial do Japão, contada por  alunos do Ensino Fundamental, através do livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.

Parte deste projeto já foi divulgado nos posts:


Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I).

Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II).


Este projeto é parte integrante do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Pedagogia:  "A PRÁTICA DOCENTE COM COMPROMISSO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES" apresentado em 2013 na UFMT.

Este livro, desenvolvido por alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental, conta um pouco da história da região compreendida pela cidade de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão.
No passado, a região de Kaizu passou por diversas transformações no seu sistema hídrico,  para permitir que o homem lá se estabelecesse. Cursos de rios foram modificados e diques foram construídos com a ajuda de engenheiros Holandeses.
Visando trabalhar o tema água, de forma interdisciplinar e participativa, possibilitando situações de aprendizagem e interação com as práticas planejadas, os alunos foram orientados  a realizarem uma análise biológica e histórico-cultural da região de Kaizu durante três oficinas: “A Vida na Água Doce; “Descobertas na Água Doce: o domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu”; “Transformações nos Mananciais de Água Doce”.
Como produção final destas atividades, os alunos, através de criações coletivas e contribuições mais individuais, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção deste livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.
A metodologia utilizada no acompanhamento destas produções permitiu que todos os alunos participassem, contribuindo com frases e palavras, que eram redigidas, editadas e corrigidas no quadro negro; por meio de textos criados em grupos, onde os alunos produziam seus escritos. Ao longo de todo este processo, estes pequenos escritores foram auxiliados pelos professores na correção, formatação e adequação dos textos.
O trabalho integrado, entre diferentes áreas do conhecimento, permitiu uma abordagem mais profunda nas discussões, fornecendo ferramentas para construir práticas que estavam além da simples investigação ambiental, englobando também fatores sócio-culturais da região, que forneceram aos alunos informações importantes sobre um assunto que lhes era desconhecido, apesar de fazer parte da região onde vivem aqui no Japão. Permitiu também demonstrar que disciplinas voltadas para áreas científicas também podem e devem contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências.
O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.



Veja o livro abaixo, publicado no Scrib.

Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce by Claudio da Silva

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Começando o ano de um jeito diferente

1/21/2014

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Mensagens dos alunos do sexto Ano, para um ano "gostoso e produtivo"
Nesta primeira semana de aula comecei a desenvolver algumas dinâmicas com meus alunos do Sexto Ano do Ensino Fundamental, visando possibilitar uma maior integração entre eles, além de criar um ambiente agradável e participativo. 
Além de informá-los sobre as inúmeras regras existentes na escola, nós conversamos bastante sobre diferenças, sobre a importância da compreensão e do entendimento do outro durante as relações sociais, sobre o respeito e sobre a inclusão.

No final desta conversa, propus um questionamento:
“Para que a gente faça um Sexto Ano bem gostoso e produtivo, o que vocês acham que deveria haver nesta sala de aula?”
Eles deveriam pensar e responder esta pergunta utilizando apenas duas palavras.
Pedi, logo em seguida, que recortassem os moldes de suas mãos em cartolinas coloridas. Em cada molde, deveriam escrever uma das palavras escolhidas.
No dia seguinte, recolhi os moldes e comentamos sobre o que eles haviam escrito. Surgiram palavras como:
Alegria, Diversão, Paz, União, Compreensão, Estudo, Felicidade, Amizade, Saúde e Esforço.
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Cada mão, uma idéia para um ano "gostoso e produtivo"
Concluímos, coletivamente, que para atingirmos o objetivo inicial, seria necessário contemplar tudo o que havia sido pensado e escrito por eles. Por exemplo: para haver União seria necessário Amizade e Compreensão; para haver Alegria seria preciso haver Diversão, entre outros…
Então, aquelas palavras, todas juntas, iriam possibilitar atingir um só objetivo, ou seja, um ano “gostoso e produtivo”.
Propus então, que o grupo me ajudasse a dar forma a este nosso pensamento coletivo, utilizando algo bonito e colorido, que representasse este ano “gostoso e produtivo” que havia sido imaginado por todos. Assim, cada mão colorida tornou-se um pedacinho da cauda de um pavão.

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Todo mundo deu "uma mão" para o pavão!
Nas próximas semanas continuaremos esta discussão, trabalhando com uma dinâmica que possibilita uma discussão mais profunda sobre a diversidade na sala de aula. 
Esta dinâmica já foi apresentada num outro post e pode ser acessada pelo link abaixo:


Porque as pessoas são diferentes? Falando sobre a diversidade

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Nosso pavão ficou assim!
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Estudo do Meio: Aquário de Água Doce de Gifu

7/13/2013

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No Japão, na cidade de Kakamigahara (Província de Gifu), está localizado o Aqua Totto: Gifu World Fresh Water Aquarium (Aquário de Água Doce de Gifu).
Todos os anos a Hiro Gakuen, escola onde trabalho, organiza um passeio para este “museu vivo”, onde os alunos podem conhecer diversas espécies de animais aquáticos, de vários continentes. Entre os animais mantidos pelo aquário, está o pirarucu Arapaima gigas, um dos maiores peixes de água doce do mundo, encontrado na região amazônica.
Organizado em quatro andares, a exposição foca espécies do rio Nagara do Japão (um dos principais rios da província de Gifu), além dos rios Congo, Mekong e do Amazonas. 

Além de peixes, podemos encontrar no Aqua Totto anfíbios como os dendrobates (sapinhos coloridos e venenosos da América do Sul) e da salamandra gigante japonesa; mamíferos como lontras e capivaras e invertebrados como lagostins, camarões e a barata d’água.
A exposição, muito bem organizada e belíssimamente diagramada, permite com que o visitante conheça e observe os animais com extrema nitidez e compreenda mais sobre a importância dos ambientes aquáticos.
Meus alunos do Sexto Ano se divertiram muito explorando o aquário durante este Estudo do Meio, que visou complementar na prática o tema que estamos estudando em Ciências: A Água.
É essencial que a aprendizagem científica da realidade sempre parta da experiência de seus participantes. Assim, do contato com o meio, do interesse estimulado por ele, surgirá a motivação pelo estudo dos múltiplos problemas que se apresentam na realidade. 
Nas próximas semanas iremos trabalhar com as informações coletadas durante esta atividade para produção de diversos materiais sobre “A importância e a conservação dos mananciais de água doce”.
Veja algumas fotos do nosso passeio:

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Acampamento Multicultural em Takayama

7/3/2013

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Alunos do Quarto, Quinto e Sexto ano da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen (cidade de Ogaki, província de Gifu - Japão), participaram durante três dias de um Acampamento Multicultural juntamente com alunos japoneses.
A atividade, organizada através de contatos com a Universidade Tokai, foi realizada na cidade de Kyiomi, localizada na região de Takayama na província de Gifu. Na ocasião fomos orientados pelo grupo Taikensoko Kakehashi, que organiza acampamentos com escolas, oferecendo atividades pedagógicas e recreativas.


PictureAlunos almoçando no Parque Pasukaru Kyiomi.
Foi uma excelente oportunidade para que meus alunos experimentassem um intercânbio cultural com japoneses da mesma faixa etária deles, além de uma harmoniosa convivência com a natureza.
Desta forma, as crianças puderam experimentar um ambiente totalmente diferente, longe do barulho e agitação do meio urbano do Japão. Entre as atividades desenvolvidas gostaria de destacar:

PictureProntos para dormir!


  • A sensação de dormir em barracas. A maioria relatou que nunca havia tido esta experiência antes e gostaram bastante; 

PictureAlunos com peixes.


  • Participar de uma pescaria, sem varas, coletando os peixes com as “próprias mãos”, os quais ainda forma limpos e preparados por eles para o jantar;

PicturePreparando bolinhos de arroz (Oniguiris).


  • Auxiliar no preparo de todas as refeições, além da limpeza das louças.  

PicturePasseio na floresta.


  • Caminhar por trilhas na floresta do Parque Pasukaru Kyiomi,  observando rastros de animais, plantas exóticas e ouvindo os sons da natureza;

PictureAluno com sua bateia, garimpando no rio Maze.


  • Garimpar ouro no rio. Nesta atividade, munidos de batéias, eles garimparam a areia das margens do rio em busca de minúsculos minérios de ouro existentes na região.

Foi uma experiência incrível para meus alunos, que puderam ter contato direto com a natureza além de aventurar-se por atividades que reforçaram o senso de responsabilidade, liberdade e autonomia.


Confira outras fotografias do Acampamento Multicultural abaixo:
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Porque as pessoas são diferentes? Falando sobre a diversidade.

10/14/2012

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    A escola, como espaço social, opera como um local de encontro da diversidade e,  portanto, ela precisa também ter o importante papel de possibilitar aos educandos o (re) conhecimento das diferenças.
    É no espaço escolar que os alunos podem perceber que somos todos diferentes e que estas diferenças não podem pautar desigualdades sociais ou construir relações desiguais (RIBEIRO et. al., 2008). Assim, o currículo escolar precisa trazer a luz discussões que permitam que os alunos entendam que os fatores culturais e religiosos,  partilhados por determinados grupos, são importantes na construção da nossa sociedade e nunca impeditivos no desenvolvimento de nossas potencialidades pessoais.
    Segundo SACRISTÁN (1995), o currículo escolar precisa ser multicultural e real, na medida em que a aprendizagem depende da interação entre educador-educando, ou entre os próprios educandos e através da forma com que as atividades são desenvolvidas.
    A vivência na escola deve valorizar a experiência e o aprendizado, neste contato com a diversidade, e não apenas na assimilação de conteúdos. 
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A atividade deste projeto, na verdade, faz parte de algumas das dinâmicas que utilizo com meus alunos ao longo do ano. Na minha escola existe um sistema de monitorias onde, cada professor fica responsável durante o ano por uma determinada turma. A este professor são delegadas tarefas como a de acompanhar o rendimento dos alunos, individualmente e coletivamente, orientá-los sobre o comportamento e conversar com os pais nas reuniões pedagógicas ou em outras circunstâncias que se fizerem necessárias.
    Sou monitor da turma do Sexto Ano, onde também sou professor de Ciências e Inglês. Durante algumas das minhas aulas, procuro também trazer outras discussões que, apesar de não terem ligações diretas com os conteúdos que ensino, ajudam a criar e manter um ambiente sadio entre os alunos e, de certa forma, acredito que ajudam muito no seu desenvolvimento. A  dinâmica a seguir é sempre realizada na primeira semana de aula e vou contar um pouco de como ela é desenvolvida.

Objetivos:
    Discutir o tema diversidade, dentro da sala de aula, e a construção do respeito pelas diferenças.



Desenvolvimento: Metodologia
    Este projeto foi desenvolvido com um grupo de 21 alunos, do Sexto Ano do ensino Fundamental, da Escola Brasileira Professor Kawase – Hirogakuen, localizada na cidade de Ogaki, Província de Gifu no Japão.
    No início desta atividade, com os alunos dispostos em círculo no chão da sala de aula, primeiro foi solicitado que eles fizessem um pequena apresentação oral dizendo o nome e suas expectativas, em relação a turma, durante o ano letivo de 2012.
    Assim, cada aluno foi pontuando seus anseios, num momento bem divertido onde, entre outras coisas, eles se soltaram e ficaram mais relaxados, permitindo que passássemos para o momento seguinte onde assistimos um vídeo, que havia sido elaborado em 2010, com a turma anterior e que discute a pergunta “PORQUE AS PESSOAS SÃO DIFERENTES” (veja o vídeo abaixo)
.

    Procedeu-se então um sorteio dos nomes dos alunos, como se fossemos realizar um “amigo secreto”. Após o sorteio, eu pedi para que os alunos não revelassem o nome que haviam tirado, deveria ser segredo, e que procurassem escrever 5 características positivas relacionadas aquela pessoa. Por diversas vezes, foi  explicado que para que a atividade desse certo que eles deveriam  analisar o outro de uma forma diferente, que procurassem buscar informações que até então eles nunca haviam imaginado ou visto.
    Após este momento, foi sugerido que, de posse destas características, que eles escrevessem uma carta para aquele colega. Esta carta poderia ser enfeitada, colorida e,  posteriormente, seria entregue e lida.
      Durante uma semana, os alunos foram desenvolvendo esta carta em casa e trazendo seus rascunhos para que fossem corrigidos, além de receberem orientações e sugestões para a formatação.
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Nas aulas ainda discutimos sobre a importância da amizade e sobre as diferenças, onde eles foram instigados, de forma livre, a conversarem sobre o tema e darem seus depoimentos. Entre estas discussões, por exemplo, eles foram convidados a contar aquilo que eles gostavam que os amigos fizessem, bem como sobre situações e atitudes que eles não gostavam e como se sentiam em relação aquilo tudo. Falamos sobre apelidos, brincadeiras desagradáveis e sobre o respeito com o próximo.
Eu também dei meu depoimento de quando eu tinha a idade deles e estava na escola e sobre situações que havia vivenciado e que não eram positivas.
No dia da entrega das cartas, todos estavam curiosos para saber o que iriam receber e o que os amigos haviam escrito sobre eles. Foi muito legal observar a agitação deles, parecia que iriam ganhar presentes, como num amigo secreto.


Avaliação:
     Foi um momento emocionante, principalmente pelos relatos que eles colocaram em suas cartas. Os que recebiam o presente, ficavam espantados com o que o colega havia escrito sobre ele, sobre como ele o via, sobre as suas qualidades,  além do cuidado com que haviam embalado e decorado a carta.
    Após este momento, fizemos novamente a roda para darmos encerramento a dinâmica onde eles puderam, novamente, de forma livre comentar sobre a atividade.
    Todos gostaram muito e alguns disseram que ficaram contentes em poder conhecer mais colegas da sala com quem não tinham tanto contato. 


Referências Bibliográficas:
SACRISTÁN, G. J. Currículo e Diversidade Cultural. In: MOREIRA, A. F. e SILVA, T.T. (Orgs). Territórios Contestados: O Currículo e os Novos Mapas Políticos e Culturais. Petrópolis: Vozes, 1995.
RIBEIRO, A.S. T.; SOUZA, B. O.; SOUZA, E. P. História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Escola. Brasília: Ágere Cooperação em Advocacy, 2008.


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    Cláudio da Silva

    Sou Pedagogo e Biólogo e atualmente trabalho na Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen (Ogaki - Japão).

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