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As Pintas do Jaguaretê: Projeto Felinos Selvagens

4/28/2014

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Neste post você poderá conferir um Projeto Educativo de Ciências sobre a Onça-pintada e a Suçuarana. 
O projeto intitulado "As Pintas do Jaguaretê", foi desenvolvido com alunos do Terceiro e Sexto Ano da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen.


Durante o período de três meses, alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental,  da Escola Brasileira Prof. Kawase - Hirogakuen (Província de Gifu, Ogaki-Japão), estiveram pesquisando e aprendendo sobre aspectos relacionados a biologia e ecologia dos felinos selvagens, especialmente sobre a Onça-pintada e a Suçuarana.
O projeto intitulado “As Pintas do Jaguaretê”,  teve como principal objetivo apresentar a estes brasileirinhos, que residem no Japão, informações sobre a fauna brasileira, através de atividades que possibilitassem a exploração de habilidades relacionadas a outras disciplinas.
Também visou contribuir para a exploração do meio onde estes alunos vivem no Japão, apresentando a eles ações simples como: andar de trem público comprando a própria passagem e visitar o centro movimentado de uma cidade grande como Nagoya; atividades estas com as quais eles não estavam habituados e/ou mesmo nunca tiveram a oportunidade de experimentar.
Este projeto também buscou ultrapassar as dimensões do material didatico de Ciências, explorando outros recursos e linguagens, apresentando a estes alunos conceitos relacionados a classificação, hábitos e reprodução dos animais; conteúdos estes presentes nas apostilas dos Primeiro e Segundo Bimestre do Terceiro Ano.
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Todas as atividades propostas ao longo do projeto, foram programadas para auxiliar no desenvolvimento de um produto final: a produção de um vídeo, cujo roteiro seria elaborado pelos próprios alunos. Entre estas atividades podemos citar:
- Projeção de filmes e apresentação de slides sobre as espécies de felinos existentes no Brasil. Esta atividade foi divulgada entre os alunos como "CINEANIMAL e, uma vez por semana, eles podiam conferir vídeos curtos abordando alguns aspecto sobre a biologia e a ecologia dos felinos selvagens.
- Pesquisas na FELINOTECA; um espaço organizado dentro da sala de aula onde foram exibidos fotos de diversos felinos brasileiros, além de textos previamente selecionados na internet, que foram impressos e encadernados. Os alunos podiam consultar este material durante seu horário livre e nas aulas de leitura.
- Elaboração de diversas atividades artísticas como produção de máscaras, desenhos, pinturas, colagens, etc.
- Produção de textos coletivos e individuais, que foram utilizados na elaboração do roteiro do vídeo do projeto,
- Realização de um Estudo do Meio, através de uma visita ao Zoológico da cidade de Nagoya (Província de Aichi), visando a observação de felinos selvagens, principalmente o da Onça-pintada.


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Os alunos do Sexto Ano também puderam participar de algumas atividades do projeto e acompanharam, na qualidade de tutores mirins, a turma do Terceiro Ano até o Zoológico de Nagoya. Eles também contribuíram com pesquisas e gravações de alguns trechos para o vídeo.
Os conceitos envolvidos neste projeto, foram também explorados, considerando-se a realidade vivida por estes alunos no Japão. Muitos dos participantes nunca haviam visitado um Zoológico antes e/ou utilizado o sistema ferroviário do Japão.  Assim, optou-se pela utilização dos trens, para o deslocamento dos alunos até o Zoológico, permitindo desta forma a experiência de utilizar este meio de transporte público pela primeira vez.
A observação da interação dos alunos nos momentos presenciais, durante as atividades e dinâmicas, bem como através dos comentários trazidos pelos seus familiares, mostrou que houve um grande envolvimento dos educandos. A FELINOTECA foi muito utilizada pelos alunos e eles simplesmente adoravam os dias selecionados para o CINEANIMAL.
Os resultados obtidos demonstram que, atividades como as desenvolvidas neste projeto, proporcionam uma forma diferente de explorar temas aparentemente distantes da realidade dos alunos, de uma forma mais dinâmica e participativa.
Também notou-se que os conceitos, a partir do momento que eram construídos coletivamente, passavam a serem incorporados e utilizados pelos educandos de forma bem espontânea, o que pode ser claramente observado nas produções textuais contidas no roteiro do vídeo: “As Pintas do Jaguaretê”.
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Projeto Felinos Selvagens

4/18/2014

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Desde fevereiro deste ano, os alunos do Terceiro e Sexto Ano estão participando de um projeto de Ciências sobre animais intitulado: Felinos Selvagens.
Durante as atividades propostas, eles desenvolveram pesquisas, participaram de atividades artísticas, elaborando desenhos e pinturas, além de construírem textos para um pequeno vídeo documentário, o qual recebeu o nome de: As Pintas do Jaguaretê: projeto felinos selvagens.
Neste post você poderá conferir um pequeno trailer deste vídeo, que estará disponível aqui no mês de maio, além de ver diversas imagens de algumas das atividades desenvolvidas neste projeto, onde os alunos exploraram, aprenderam e se divertiram conhecendo mais sobre a natureza e alguns dos mais incríveis animais do Brasil.

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Conversando sobre a Fotossíntese com alunos do 3.º Ano

2/26/2014

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Alunos da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, aprendem sobre o complicado processo da fotossíntese, durante uma aula prática, com atividades artísticas, bastante divertida e participativa.
Veja como foram desenvolvidas estas atividades no post abaixo!

A Fotossíntese é um conceito bastante abstrato e difícil de ser ensinado para alunos do Terceiro Ano do Ensino Fundamental, pois envolve reações químicas complexas onde os vegetais, algas e algumas bactérias produzem seu próprio alimento e armazenam energia na forma de glicose.
É lógico que, nesta série, o fenômeno da fotossíntese é apresentado de forma bem mais simples, sem as fórmulas químicas complicadas do ensino médio. Apesar disso, as crianças possuem certa dificuldade em compreender como estes seres vivos são responsáveis por um dos processos mais essenciais para a manutenção da vida na Terra.
Procurando tornar a explicação um pouco mais “concreta”, propus aos pequenos a construção de um diagrama da fotossíntese para decorar a sala de aula. Assim, mesclamos a parte teórica com atividades práticas, utilizando papel colorido, giz-de-cera, cola, tesoura e um pouquinho de imaginação.

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Alunos pintando o tronco da árvore.
Previamente, em cartolina, eu fiz um rascunho do desenho de uma árvore. Elaborei os contornos do tronco, das raízes e dos galhos. Eu também imprimi, em papel sulfite, os elementos necessários para que a planta realize a fotossíntese: Luz do Sol, Gás Carbônico e Água, além do Gás Oxigênio eliminado durante o processo; colando estas informações dentro de setas coloridas.
PictureDetalhe dos galhos e das folhas da nossa árvore.
Utilizando a mesma técnica já apresentada no Projeto: "Os Vegetais", solicitei que meus alunos colorissem a árvore com giz-de-cera. Eles também recortaram diversas folhas, em cartolina verde e decoraram suas nervuras com giz-de-cera.
Depois montamos a nossa árvore e colocamos as setas indicando a sequência do processo da fotossíntese.


Foi uma atividade bastante divertida. Os alunos me surpreenderam com a forma como se envolveram durante todo o processo e os conceitos foram assimilados e compreendidos com muita facilidade.
Nossa árvore também ficou muito bonita!
Veja abaixo algumas fotos desta aula participativa dos alunos do Terceiro Ano do Ensino Fundamental da escola Hiro Gakuen.
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Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce 

1/25/2014

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Conheça a história de uma região muito especial do Japão, contada por  alunos do Ensino Fundamental, através do livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.

Parte deste projeto já foi divulgado nos posts:


Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I).

Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II).


Este projeto é parte integrante do meu Trabalho de Conclusão de Curso em Licenciatura em Pedagogia:  "A PRÁTICA DOCENTE COM COMPROMISSO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DE PROJETOS INTERDISCIPLINARES" apresentado em 2013 na UFMT.

Este livro, desenvolvido por alunos do Terceiro e do Sexto Ano do Ensino Fundamental, conta um pouco da história da região compreendida pela cidade de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão.
No passado, a região de Kaizu passou por diversas transformações no seu sistema hídrico,  para permitir que o homem lá se estabelecesse. Cursos de rios foram modificados e diques foram construídos com a ajuda de engenheiros Holandeses.
Visando trabalhar o tema água, de forma interdisciplinar e participativa, possibilitando situações de aprendizagem e interação com as práticas planejadas, os alunos foram orientados  a realizarem uma análise biológica e histórico-cultural da região de Kaizu durante três oficinas: “A Vida na Água Doce; “Descobertas na Água Doce: o domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu”; “Transformações nos Mananciais de Água Doce”.
Como produção final destas atividades, os alunos, através de criações coletivas e contribuições mais individuais, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção deste livro: “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”.
A metodologia utilizada no acompanhamento destas produções permitiu que todos os alunos participassem, contribuindo com frases e palavras, que eram redigidas, editadas e corrigidas no quadro negro; por meio de textos criados em grupos, onde os alunos produziam seus escritos. Ao longo de todo este processo, estes pequenos escritores foram auxiliados pelos professores na correção, formatação e adequação dos textos.
O trabalho integrado, entre diferentes áreas do conhecimento, permitiu uma abordagem mais profunda nas discussões, fornecendo ferramentas para construir práticas que estavam além da simples investigação ambiental, englobando também fatores sócio-culturais da região, que forneceram aos alunos informações importantes sobre um assunto que lhes era desconhecido, apesar de fazer parte da região onde vivem aqui no Japão. Permitiu também demonstrar que disciplinas voltadas para áreas científicas também podem e devem contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências.
O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.



Veja o livro abaixo, publicado no Scrib.

Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce by Claudio da Silva

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Animais Japoneses Ameaçados de Extinção

10/22/2013

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Neste post gostaria de apresentar um pequeno livro ilustrado, resultado de um projeto desenvolvido com alunos da Terceira e Quarta séries do Ensino Fundamental I  da Escola Comunitária Paulo Freire no Japão.
O projeto "Fauna do Japão", teve como principal objetivo conhecer um pouco mais sobre os animais da Terra do Sol Nascente, fazendo um paralelo com as informações contidas nos livros adotados pela escola que, por serem oriundos do Brasil, não contemplavam a fauna e a flora do Japão.
Assim, conversamos bastante durante nossas aulas sobre o mico-leão-dourado, o lobo-guará, a onça-pintada mas também pesquisamos sobre quais animais vivem no Japão, suas principais características e modo de vida. 
A internet foi uma grande aliada, pois foi a ferramenta que possibilitou acessar informações sobre os ecossistemas japoneses e seus seres vivos. Assim, escolhemos seis animais que, por escolha do próprio grupo, deveriam estar ameaçados de extinção.
Os pequenos textos foram construídos pelos próprios alunos, com base nas pesquisas realizadas na internet. Eles foram orientados a buscarem informações que eles achavam interessantes, anotar em seus cadernos, para posteriormente produzirem um texto sobre aquele determinado animal.
Depois procedeu-se a elaboração de desenhos, pinturas com lápis-de-cor e Giz-de-cera e construção de origamis.
Foi uma atividade muito divertida, com ampla participação de todos os integrantes e desenvolvimento de trabalhos muito bonitos e criativos.  

Animais japoneses ameaçados de extinção by Claudio da Silva

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Brincando com terra

5/31/2013

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Para explorar o conceito de germinação e desenvolvimento dos vegetais, além do tipo de solo que as plantas necessitam, desenvolvi com meus alunos do Terceiro Ano um experimento bem simples, realizando o plantio de algumas sementes em sala de aula.
Solicitei, previamente, que eles trouxessem para a nossa aula algumas sementes de suas casas. Nós já havíamos trabalhado conceitos referentes as principais partes dos vegetais e, portanto, eles já estavam familiarizados com o tema. 
Assim, eles trouxeram noz moscada, girassol, feijão, pimenta vermelha e milho. Expliquei que iríamos plantar estas sementes e ver se elas iriam germinar e  que, posteriormente, iríamos também acompanhar o desenvolvimento delas, anotando diariamente o que estaria acontecendo no nosso experimento.


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Sementes trazidas pelos alunos.
Eu trouxe alguns pacotes de terra preta de jardinagem e areia. Expliquei a diferença entre elas e pedi para que abrissem os pacotes e misturassem a terra preta com um pouco de areia. 
Assim que abriram o pacote, todos estavam querendo conferir o cheiro do húmus pois, eu havia pacientemente explicado que ele se forma pela decomposição da matéria orgânica mas que, no final do processo, não fica mal cheiroso, que a gente só sente um cheirinho de terra. Pude perceber pelas expressões faciais que eles queriam conferir o que eu havia dito mas com dúvidas se realmente era verdade. As caretas, antes de levar a terra ao nariz, deixava claro que eles pressentiam que o cheiro do húmus não seria bom. Logo após sentirem o odor, mudavam de caretas para feições de surpresa e imediatamente comentavam com os outros que não era ruim.


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Material utilizado no nosso experimento.
Na hora de misturar as terras, muitos brincaram com as mãos amassando o substrato entre os dedos, como se sentissem a textura e se divertissem com a sensação proporcionada. O curioso é que, no início, alguns alunos não queriam tocar a terra, pois estavam com medo de ficar com as mãos sujas. Expliquei que a terra não é algo sujo e sim algo extremamente importante para a vida, pois é a partir dela que conseguimos os nossos alimentos. 
Assim, ao longo da atividade, eles acabaram cedendo a curiosidade e passaram também a tocar a terra e tudo virou uma grande diversão. Alertei, porém, para que não levassem as mão a boca, aos olhos, etc. pois existem seres pequeninos na terra que podem realmente fazer mal ao nosso organismo. 
A temperatura do material foi também comentada por alguns alunos, visto que eu havia deixado os sacos do lado de fora da escola até o momento da atividade e, aqui no Japão, no mês de março o frio é ainda bem intenso.
Colocamos a terra em pequenos vasos e copinhos plásticos, plantamos as sementes e acompanhamos o desenvolvimento das plantas durante várias semanas. 
Esta atividade ajudou a manter o interesse dos alunos pelo tema que estávamos estudando e facilitou muito a explicação sobre conceitos complicados para esta faixa etária como: clorofila, fotossíntese, polinização e dispersão de sementes.

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Vasinhos prontos.
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Desenvolvimento das plantas uma semana e meia após a montagem do experimento.
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Oficina: "Vida, Descobertas e Transformações na Água Doce" (Parte II)

1/26/2013

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Rio Ibi, em Kaizu, um dos três rios protagonistas da história da região.
“Descobertas na água doce: O domínio das águas pelos antigos moradores de Kaizu, Província de Gifu - Japão"

Para conhecer a primeira parte deste projeto interdisciplinar clique no link abaixo:
                         
                 OFICINA: PARTE I






INTRODUÇÃO: A cidade de Kaizu (província de Gifu - Japão) foi no passado palco de eventos históricos, que moldaram toda sua cultura. A colonização da região, desenvolvida através dos wajus, espécie de ilhas fluviais artificiais, colocavam seus habitantes em constante confronto com a natureza, desafiando a fúria das águas, durante grandes inundações. Hoje a paisagem da região, totalmente transformada por diques construídos no século XIX, ainda guarda registros indeléveis destes eventos na sua cultura. Partindo do pressuposto que a água é um recurso essencial, não somente como alimento, mas também como um bem cultural e social, a história contada pelas casas, templos, e museus de Kaizu, foi considerada no desenvolvimento de práticas que possibilitassem situações de aprendizagem de conteúdos de História, dentro de uma proposta interdisciplinar, centrada no tema “água”. Desta forma, foram utilizados eventos do passado como uma chave para compreensão do presente e melhor entendimento do ambiente que hoje se estabelece na região.

PÚBLICO ALVO: 11 alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, localizada no município de Ogaki, província de Gifu - Japão).

OBJETIVOS:
- Investigar a história das modificações efetuadas nos recursos hídricos da região de Kaizu e o modo de vida dos seus antigos moradores;
- Conhecer e vivenciar fatores sócio-culturais presentes hoje no local, compreendendo o estabelecimento do homem em um ambiente tão hostil;
- Produzir desenhos e textos coletivos, sobre as atividades vivenciadas, descrevendo e relatando a história da região.


DESENVOLVIMENTO:
Os alunos participaram de um estudo do meio, onde visitaram o Museu de História e Folclore de Kaizu e o Parque Kiso-Sansen, os quais possuem um rico acervo sobre a história da região (Figuras 1, 2 e 3). Durante esta atividade, alunos do Sexto Ano, tutoraram os alunos do Terceiro Ano, auxiliando-os na coleta de dados e pesquisa durante todo o passeio. Em sala de aula, os alunos recordaram a cronologia de tudo que havia sido visto e vivido no estudo do meio (Figura 4), além de aprenderam o significado de alguns ideogramas chineses (Kanjis), que dão nome a cidade e localidades visitadas, compreendendo que a cultura local também encontra-se registrada na sua nomenclatura (Figuras 5, 6 e 7). Como produção final, os alunos, através de criações coletivas, redigiram textos e produziram ilustrações para a produção do livro “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”. A escolha do roteiro, bem como da forma de contar a história foi livre e escolhida pelos próprios alunos, sob a orientação do grupo responsável pelo projeto (Figuras 8 e 9).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os momentos vividos, durante a realização desta oficina, onde os alunos exploraram a região de Kaizu, descobrindo seus segredos e investigando parte de sua rica trajetória ao longo do tempo, possibilitou trabalhar dentro de uma concepção mais participativa e interdisciplinar, onde a criança pode, de fato, interagir diretamente com o seu objeto de estudo. Permitiu também demonstrar que a História também podem e deve contribuir, para a aquisição e desenvolvimento das competências, dentro dos conteúdos da língua portuguesa. Nossos alunos, por exemplo, redigiram e registraram suas observações em vários momentos ao longo das oficinas, tiveram acesso a diversos textos, além de treinarem suas aptidões como escritores relatando suas experiências. O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender. A nós, professores, ficou claro que o processo de aprendizagem não pode ser apenas embasado em regras, números, formulas e letras; ele precisa considerar também a sensibilidade, a criatividade e a construção do respeito pelas outras formas de vida e pelas outras culturas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BORGES, M. A. Q.; BRAGA, J. L. M. O Ensino de história nos anos iniciais do ensino fundamental. Revista on-line Unileste, jan/jun 2004 no. 1.

FELTRAN, R. C. S.; FILHO, A. F. Estudo do Meio. In: VEIGA, Ilma de Passos de Alencastro (Org.). Técnicas de ensino: Por que não? Campinas, SP: Papirus, 1991.

RIBEIRO, M. A.  A convivência harmônica com a água: uma lição japonesa. Revista Estudos Avançados 22 (63), 2008. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

SILVA, E. R. O curso da água na história: simbologia, moralidade e a gestão de recursos hídricos. Tese de Doutorado. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, 1998.


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Oficina: "Vida, Transformação e Descobertas na Água Doce" (Parte I)

1/13/2013

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    A história da região de Kaizu, localizada na província de Gifu no Japão, nos mostra claramente como o homem, através das suas ferramentas tecnológicas, consegue dominar e domesticar o meio em que vive, de acordo com suas necessidades adaptativas.
    A fúria da natureza, no passado, traduzida na forma de grandes inundações anuais, desencadeou no homem de Kaizu um íntimo relacionamento com a água, que acabou moldando sua cultura ao longo do tempo.
    As práticas desenvolvidas e retratadas neste artigo, foram fruto de um plano integrado e interdisciplinar, desenvolvido entre os meses de Maio e Novembro de 2012, para a o estudo destas transformações ocorridas a mais de 100 anos, para o entendimento do ambiente que hoje encontramos naquela região
    Durante este período, os alunos do Terceiro Ano do Primeiro Ciclo, da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, participaram de atividades que contemplaram as áreas de Ciências, História e Geografia, tendo a água como como eixo central.
    Estas prática foram organizadas na forma de três oficinas: "A Vida na Água Doce", "Descobertas na Água Doce" e "Transformações nos Mananciais de Água Doce".
        Neste primeiro artigo será apresentada a primeira oficina "A Vida na Água Doce" que contempla a área de Ciências.


             “A Vida na Água Doce - Estudo dos seres vivos de um riacho”

INTRODUÇÃO: Dentro de corpos d'água naturais, encontramos uma infinidade de seres adaptados a vida aquática, dependentes de um ambiente equilibrado para seus processos ecológicos, que tem influência com o meio terrestre. A compreensão de como funcionam e se organizam estes ambientes, através de atividades práticas, proporcionam um entendimento das interações existentes na natureza e da importância de um meio equilibrado para o próprio homem, além do que, para as crianças, a curiosidade é um incentivo para que investiguem o mundo e esse processo é muito importante durante seu desenvolvimento. A partir da exploração de temas e conceitos sobre os ambientes de água doce, foram desenvolvidas práticas e dinâmicas sobre a fauna aquática do riacho localizado nas imediações da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, estudando a água como recurso indispensável aos seres vivos e os problemas relacionados a sua conservação.

PÚBLICO ALVO: 11 alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, localizada no município de Ogaki, província de Gifu - Japão).

OBJETIVOS:
- Discutir o consumo, desperdício e degradação dos recursos hídricos, compreendendo que o uso irresponsável da água pode prejudicar a sobrevivência dos seres vivos;
- Montar aquários de água doce, utilizando estes ecossistemas artificiais, para a compreensão de processos que ocorrem na natureza;
- Desenvolver um estudo do meio, coletando alguns animais aquáticos, para povoar os aquários, observando e investigando seus modo de vida;
- Registrar as atividades vivenciadas através de desenhos e textos coletivos.
Expor os resultados destas práticas durante a Feira de Ciências da Hiro Gakuen.


DESENVOLVIMENTO: Os alunos coletaram, identificaram e durante alguns meses, mantiveram em aquários espécies da fauna aquática do riacho da Escola Hiro Gakuen. Foram coletados peixes, lagostins, caramujos e diversos insetos aquáticos. Nesta fase estudamos também a água como um recurso indispensável aos seres vivos e os problemas relacionados a sua conservação. Durante algumas semanas os alunos observaram os animais, desenvolveram pesquisas sobre a biologia destas espécies e produziram textos coletivos sobre tudo que vivenciaram. Todo este trabalho foi apresentado durante a Feira de Ciências da Escola Hiro Gakuen, onde os alunos explicaram sobre os habitantes do riacho da escola, além da importância da água para os seres vivos. A partir de sugestões dos próprios alunos, os textos coletivos e ilustrações elaborados, foram incorporados no livro “Vida, Transformações e Descobertas na Água Doce - A região de Kaizu no Japão”, visto que, o riacho da escola encontra-se conectado aos rios desta região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experimentação, como prática no ensino, é um valioso recurso no ensino/aprendizagem, principalmente quando as atividades são instigantes e desafiadoras, permitindo que a criança possa explorar e descobrir coisas por si só, tornando o ato de aprender interessante, divertido e prazeroso. Os momentos vividos durante a realização desta oficina, onde os alunos exploraram a fauna e a flora dos ambientes de água doce, compreendendo a importância deste recurso natural e indispensável a vida, possibilitou trabalhar dentro de uma concepção mais participativa e interdisciplinar, onde conceitos de Ciências puderam ser compreendidos através da interação direta com o objeto de estudo. O resultado de todo este processo foi uma grande participação destes pequenos investigadores, norteada pelo desencadeamento de uma intensa vontade de conhecer e aprender.
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Oficina "Ciência e Arte: O origami no ensino de geometria"

12/17/2012

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Alunos brasileiros no Japão participam de uma oficina interdisciplinar, aprendendo sobre geometria e a biodiversidade dos ecossistemas brasileiros. Atividade desenvolvida para o Relatório Reflexivo apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia - Acordo Brasil/Japão como requisito para conclusão da disciplina Práticas Pedagógicas e Ensino - Estágio II, “Currículo e Organização do Trabalho Pedagógico e Desenvolvimento de Conceitos Matemáticos”.

A Geometria, por trabalhar com as formas e dimensão dos objetos e estar presente, de maneira explícita, na Educação Artística (seja na organização e diagramação de traços e figuras ou na composição de desenhos e pinturas) e na Ciência (na forma e simetria dos elementos da natureza que nos cercam), mostra-se uma área rica para exploração de atividades interdisciplinares. Assim, através de um diálogo entre elementos destas três disciplinas, foram organizadas atividades que proporcionassem situações de aprendizagem, onde a matemática, neste caso a Geometria, estivesse relacionada e interligada a elas.      
No campo das artes escolheu-se o Origami, por tratar-se de uma técnica que utiliza formas geométricas na construção de figuras e objetos, além de ser uma atividade bastante presente no cotidiano das crianças que vivem no Japão. Trata-se de um material barato, de fácil aquisição, com diversos tamanhos, texturas e cores (Figura 1). 
Origami é uma palavra de origem japonesa constituída a partir da união das palavras ori (dobrar) e kami (papel). Segundo KODA (1986), a arte do origami nasceu na China e após quinhentos anos foi levada para o Japão, no começo do século 6, por um monge budista chamado Tonchyo, sacerdote, doutor e físico da Coréia, que trouxe para o Japão, além dessa arte, a pintura e a fabricação de tinta.
Durante a confecção de um Origami, vão surgindo figuras geométricas como triângulos e quadriláteros, além de múltiplas linhas de simetria dentro da mesma figura, que podem ser perfeitamente utilizados para ensinar noções de retas perpendiculares, congruência, classificação de figuras quanto ao número de lados, entre outros.
O estudo da Geometria, no seu sentido mais abrangente, trabalhado através de construções planas e espaciais, com auxílio do Origami, pode portanto fornecer oportunidades de exploração que permitam investigar, descrever e descobrir as propriedades destas construções. Pode também ampliar as possibilidades da percepção e exploração do espaço, pontos estes essenciais na leitura e entendimento do mundo em que vivemos. De acordo com REGO et al (2003, p. 18):


“O Origami pode representar para o processo de ensino/aprendizagem de Matemática um importante recurso metodológico, através do qual, os alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos formais, adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do mundo, de objetos e formas que o cercam. Com uma atividade manual que integra, dentre outros campos do conhecimento, Geometria e Arte.”

A geometria, sendo a parte gráfica da matemática, encontra-se na maioria das propostas curriculares das escolas dentro da área de matemática, geralmente como um dos últimos tópicos a serem ensinados. Quando é vista na escola, poucos são os professores que dão ao seu ensino uma abordagem gráfica, trazendo o desenho à tona; poucos são os que evidenciam seu aspecto lúdico. A geometria, no ensino fundamental, muitas vezes fica sendo mais uma abordagem teórica, bastante algebrizada, e assim prossegue pelo ensino médio que da mesma forma reproduz o modelo teórico, até ser evidenciada pelos programas dos vestibulares das universidades.     
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para o Ensino Fundamental – PCN (BRASIL, 1998) apontam que a construção do pensamento geométrico deve ocorrer ao longo da Educação Básica e que a geometria não deve ser vista como um elemento separado da Matemática, mas sim, uma parte que ajuda a estruturar o pensamento matemático e o raciocínio dedutivo, devendo permitir ao aluno examinar, estabelecer relações e compreender o espaço tridimensional onde vivemos.

Objetivos: Esta oficina foi desenvolvida com alunos do Terceiro Ano do Ensino Fundamental I, na faixa etária de 7 a 10 anos. A partir da exploração de temas e conceitos de ecologia (Ecossistemas Brasileiros), realizou-se atividades práticas com origamis, como ferramentas no ensino e aprendizado de conteúdos de matemática na área de geometria visando.
  • Assistir uma apresentação em Power Point com imagens dos Ecossistemas Brasileiros a fim de conhecer a diversidade de ambientes e seres vivos existentes no Brasil;
  • Visualizar mapas da vegetação do Brasil, analisando a área ocupada pelos principais biomas no país e localizando as regiões onde estes estão distribuídos;      
  • Elaborar figuras Geométricas Planas, confeccionadas com Origami e com estas, construir um caderno ilustrado de Geometria;       
  • Aprender os nomes das principais figuras geométricas planas, identificando-as de acordo com suas principais características durante o desenvolvimento e confecção de Origamis;
  • Elaborar figuras de animais brasileiros, utilizando-se a técnica do Origami com papéis coloridos;
  • Produzir um mapa da vegetação do Brasil, coletivo, que apresente e represente os conceitos e informações discutidos e utiliza-lo como fundo para a apresentação e exposição dos Origamis confeccionados pelos alunos.         

Desenvolvimento: A ofincina foi desenvolvida durante o período de quatro semanas, durante o mês de janeiro de 2012, com um grupo de 11 alunos do Terceiro Ano do Ensino Fundamental I da Escola Brasileira Professor Kawase – Hiro Gakuen (Cidade de Ogaki, Província de Gifu, Japão).
Para melhor organização e execução da Oficina “Ciência e Arte: O Origami no Ensino de Geometria”, foram consideradas Cinco etapas:


Etapa 1. Apresentação da Oficina: Nesta atividade introdutória, os alunos tiveram a oportunidade de assistirem ao vídeo Nature by Numbers (VILA, 2010), que apresenta diversas propriedades matemáticas na natureza, entre elas a geometria. Foi solicitado a eles que prestassem bastante atenção nas imagens (vídeo disponível abaixo).    
Após estas observações, foi então explicado sobre o que iria ser trabalhado na oficina “Ciência e Arte”, e quais atividades seriam desenvolvidas.  A geometria e sua presença ao nosso redor, foi apresentada de forma livre, com a exploração e observação de objetos presentes no ambiente da sala de aula. Os alunos também conheceram a história do origami, aprendendo um pouco sobre sua origem.

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Figura 1. Mapa-Poster da Biodiversidade (Revista Terra)
Etapa 2. Ecossistemas Brasileiros: Os principais Biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Litoral e Região Costeira e Campos), foram apresentados de forma simples, visando o entendimento de suas dimensões e distribuição pelo território brasileiro, além de informações gerais sobre suas principais características fisionômicas e exemplos de seres vivos encontrados neles. Nesta atividade utilizou-se um mapa da vegetação brasileira, além do suplemento Mapa-Poster da Biodiversidade (REVISTA TERRA), como forma de concretizar os conceitos explorados, visto que nesta série, nas disciplinas de Geografia e História, os alunos já tem contato com o território brasileiro (Figura 1 e 2). Esta atividade também foi uma oportunidade de apresentar aspectos da terra natal  àqueles alunos, que apesar de possuírem a nacionalidade brasileira, pouco contato tiveram com o seu país de origem ou mesmo para aqueles onde o Brasil parece ser apenas uma idéia distante, a terra de seus pais pois nasceram no Japão e nunca deixaram o país. Nesta etapa, além dos mapas, foi também utilizado uma apresentação com imagens dos Biomas brasileiros e os principais seres vivos que os habitam, organizadas em Power Point.

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Figura 2. Alunos explorando o Mapa-poster da Biodiversidade
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Figura 3. Figuras geometricas trabalhadas com os alunos
Etapa 3. Formas na Natureza: A partir das imagens vizualizadas na etapa anterior, procurou-se estimular nos alunos, num exercício de imaginação, a observação e identificação de formas geométricas na natureza e no ambiente ao seu redor. Assim a criança pode observar a importância da geometria presente nos elementos da natureza e na criação do homem.  
Neste exercício foram apresentados as principais formas geométricas planas, seus elementos e conceitualização.
Com uso de origamis coloridos, os alunos foram orientados a confeccionar figuras geométricas e durante esta atividade, foram discutidos conceitos de reta, lado, ponto, etc.
Cada aluno, posteriormente, recebeu um caderno previamente preparado, para colarem estas figuras, classificando-as quanto ao número de lados (Figura 3 e 4).    
As dobras destes origamis eram também os primeiros passos para a confecção das figuras de animais que seriam explorados na etapa seguinte. Assim, elaborando as figuras geométricas eles estavam, ao mesmo tempo, treinando para elaborarem as complicadas dobraduras de animais silvestres.


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Figura 4. Alunos confeccionando origami de figuras geométricas
Etapa 4. A Geometria do Origami: Através da construção de figuras com origami, pretendeu-se consolidar os conhecimentos apresentados nas etapas anteriores fazendo uma conexão com os biomas brasileiros.
Num primeiro momento foram construídas apenas figuras geométricas simples, refazendo o percurso da etapa anterior, os quais eram a base para o desenvolvimento de nove origamis previstos para a oficina: Boto-cor-de-rosa, Arara-vermelha, Lobo-guará, tucano-toco, Tartaruga verde, onça-pintada, Baleia-jubarte, Arara-azul e Ema (Figura 5).
Durante a elaboração das dobraduras, recorreu-se aos elementos presentes nas figuras geométricas já apresentadas, visto que, durante esta atividade, vão aparecendo retas (nas dobras), bem como as figuras vão se alternando o que permite com que o aluno relacione e entenda os conceitos de forma prática e concreta. Esse trabalho favoreceu a observação e construção de formas, possibilitando ao aluno reconhecer as semelhanças entre elas, podendo assim compor e decompor figuras, percebendo algumas simetrias como características das figuras.  
Como forma de estímulo a curiosidade e interação, foram inseridos durante esta prática, informações sobre o modo de vida dos seres vivos construídos,  e a identificação de suas principais adaptações aos ecossistemas onde vivem.
Quanto aos conteúdos de matemática, explorados com a construção das figuras geométricas, os alunos conseguiram compreender os conceitos envolvidos na construção das figuras planas, pois conseguiram vivenciar a teoria de forma concreta. Conforme as figuras iam sendo construídas, elas eram conceituadas e classificadas. Como muitas delas se repetiam ao longo do processo, os próprios alunos passaram a nomear cada passo com as respectivas formas que surgiam. Assim era mostrado como deveria ser dobrado e alguém dizia “é para fazer um triângulo professor?” ou “Agora virou um pentágono né?”; “Como é mesmo o nome desta?”
Colocar a criança em contato com novas experiências como a arte, eventos culturais ou jogos, estimula sua imaginação e originalidade levando-as a explorações e reflexões (KOHL & GAINER, 1995).

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Figura 5. Alguns dos origamis de animais confeccionados pelos alunos.
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Figura 6. Elaborando o Mapa dos Ecossistemas Brasileiros
Etapa 5. Mapa coletivo das formações vegetais do Brasil: Nesta última etapa, um quebra cabeça do mapa da vegetação do Brasil,  com dimensões de aproximadamente 1,0m X 70cm, dividido em folhas tamanho A3, foi recortado e montado coletivamente com os alunos. O domínio das vegetações, nele presente, foi delimitado com cartolinas coloridas (Figura 6).
Após a construção do mapa, foram elaboradas legendas dos ambientes, e dos origamis dos seres vivos, estas últimas escritas pelos próprios alunos. Os origamis e fotos dos ecossistemas representados foram afixados ao mapa e o trabalho, posteriormente exposto no mural da escola (Figura 7).



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Figura 7. Finalizando o Mapa dos Ecossistemas Brasileiros
Conclusão:
Durante o desenvolvimento desta prática, verificou-se a participação e motivação intensa dos alunos, que aprenderam sobre os ecossistemas brasileiros e alguns animais que neles habitam, através de atividades artísticas com origami explorados sob a ótica das formas geométricas.
Verificou-se também que o aprendizado sobre geometria e dos conteúdos propostos de ciências transcenderam o espaço reservado ao projeto, sendo reproduzidos e discutidos em outros momentos durante as aulas de outros professores.
O fato das atividades envolverem estudo de animais e origamis, fez com que todos ficassem bastante entusiasmados e envolvidos em todas as etapas desenvolvidas.


Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais de Matemática para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação. Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

KOHL, M.F; GAINER, C. Fazendo arte com as coisas da terra. Arte ambiental para crianças. São Paulo. Editora Augustus, 1995.

KODA, Y. Origami. Traduzido por Akiko Kunihara Watanabe e revisto por Rafael Almir Marcial Tramm. São Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão, 1986. (Caderno de Cultura Japonesa).

REGO, R. G. ; GAUDÊNCIO, R. M. & JUNIOR, S. A Geometria do Origami. João Pessoa, PA: Editora Universitária/ UFPB, 2003. VILA, C. Nature by Numbers. Vídeo produzido pela Etherea Training, Saragossa, Spain, 2010. Disponível em: <http://www.etereaestudios.com/docs_html/nbyn_htm/intro.htm> acesso em 18 dezembro 2012.




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Oficina: "Arte-Ambiental"

10/14/2012

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Releitura da Obra: Peixe Dourado de Paul Klee

    A Oficina Criação Arte-Ambiental procurou, a partir dos conteúdos apresentados nas aulas de Ciências, utilizar o trabalho da releitura de uma obra de arte como ferramenta didática na sedimentação dos conceitos estudados nesta disciplina.
    Através da expressão artística foram discutidas e interpretadas informações relacionadas a biologia dos peixes. Além destes objetivos, a oficina buscou identificar, interpretar, apreciar e contextualizar culturalmente a obra de um artista, neste caso a obra Peixe Doruado de Paul Klee.
    O público-alvo deste projeto foram 10 alunos do Segundo Ano do Ensino Fundamental I da Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen, localizada da cidade de Ogaki, província de Gifu no Japão.
    Para esta atividade foram utilizados folhas de papel sulfite branco A4, Giz de cera e lápis de cor, folhas de papel origami coloridos, tesouras e cola.
    Além dos materiais citados acima, foram impressos 4 figuras da obra Peixe Dourado de Paul Klee para que os alunos pudessem observá-las enquanto realizavam a oficina, além de fotos de vários peixes.
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PAUL KLEE Peixe Dourado (1925)
    Optou-se trabalhar com o artista Paul Klee por suas obras possuírem traços de fácil observação e cores vibrantes, que captam a atenção das crianças.
    Após uma breve introdução sobre os conteúdos de ciências, os alunos apreciaram as figuras de diversos peixes coloridos e, procurando mergulhar num imaginário mais abstrato, foi sugerido que eles tentassem dizer o que as cores daqueles peixes representavam.
    Alguns alunos sugeriram que estas cores eram frutos da alegria destes seres, outros sugeriram que elas eram assim pois, os peixes, eram como enfeites na água, uma forma de tornar os mares, rios e lagos mais bonitos. Foi então ressaltado que a natureza é realmente bela e que “este” era um motivo muito importante para que ela fosse preservada.
    Após a apresentação inicial, procedeu-se a apreciação da obra escolhida para releitura. Durante este momento, foi contado um pouco da história deste artista e discorrido sobre as técnicas que ele utilizava na concepção de seus trabalhos: o uso das cores vibrantes e a criação de figuras únicas que, quando se tratavam de seres vivos, ele praticamente criava seus próprios animais e plantas, como o peixe mágico presente na obra com suas barbatanas escarlates e um olho que parece uma flor rosada.

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Neste momento, as crianças puderam fazer suas próprias descrições da obra de forma oral e colaborativa.  Entre as observações, estavam por exemplo, a explicação do porque a água ao redor do peixe parece tão escura na obra de Klee: “estava anoitecendo e todos os peixes estavam indo dormir (Bruno – 7 anos)”; “O rio estava bastante poluído e os peixinhos estavam indo embora, fugindo da sujeira na água (Rebeca – 8 anos)” ou ainda  “ele pintou assim porque queria que o peixe amarelo aparecesse mais, ficasse bem bonito assim... (Diogo – 7 anos)”.
    Foi um momento intenso, todos queriam propor idéias, concordar ou discordar do que estava sendo exposto.
    O próximo passo foi a produção de um trabalho com características da obra analisada. Para tanto, procedeu-se uma breve descrição dos materiais selecionados para a confecção de seus trabalhos, procurando apresentar formas da utilização e técnicas para a pintura. Foi chamado a atenção para o uso de cores vibrantes e como destacar as figuras sobre o fundo que eles iriam criar.
    As cores a serem utilizadas ficou a critério de cada aluno e, desta forma, cada um criou um fundo para seu trabalho.


      Com o fundo pronto, foi explicado que o peixinho principal do trabalho seria confeccionado de Origami e foi solicitado para que eles escolhessem a cor do papel de sua preferência, sempre analisando a tonalidade que melhor se destacaria sobre o fundo pintado.
    Junto com os alunos, passo a passo, foi confeccionado o origami do peixinho e cada um fez o seu e colou no desenho.
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Finalizado o trabalho, cada aluno apresentou seu trabalho e explicou um pouco sobre as cores que utilizou e o que queriam demonstrar em sua obra.
Foi também feita uma avaliação da atividade onde todos demonstraram-se contentes com a proposta e solicitaram para que na próxima aula, fizéssemos outra atividade parecida. A oficina demonstrou-se uma ferramenta importante onde a linguagem artística pode ser utilizada como ferramenta na captura da atenção e estímulo dos alunos no aprendizado de conceitos de Ciências.

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    Cláudio da Silva

    Sou Pedagogo e Biólogo e atualmente trabalho na Escola Brasileira Professor Kawase - Hiro Gakuen (Ogaki - Japão).

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